Derick
— Isto está parecendo um enterro — fala Henry sentando do nosso lado. Alec move-se para se aproximar mais de mim dando espaço para que o vampiro se sente também. — Onde está a felicidade por saber que ela acordará em breve?
— Tem muitas coisas fora do nosso controle no momento, estamos apenas nos questionando sobre o que é melhor a ser feito — explico, não espero que ele compreenda tudo o que digo, afinal, nos vimos pouquíssimo, somos pessoas que se ajudam, não amigos.
Alec parece concordar com o que digo. No entanto, é notável o quanto está encarando o vampiro. Deve se perguntar sobre como é possível que ele use magia. Também pode estar se questionando acerca de como foi sentir que a sua metade estava morrendo.
Pode querer entender se o que está em seu peito é a realidade, se não está sendo afetado pelas consequências da maldição, entretanto, o seu corpo tem reagido muito bem. É muito provável que Lily continue usando suas feitiçarias, mas isto não tem o afetado. Quem sabe por a carga estar sendo tão bem compartilhada.
As linhas que se misturam entre nós fizeram com que o peso pudesse ser dividido de um modo muito diferente do que seria se tivéssemos somente o comum a nosso favor.
— Pensar nisso é uma perda de tempo — afirma Henry. — No final, tudo o que querem é que as pessoas que amam estejam do seu lado, certo? Do que importa se o mundo pegar fogo no meio do caminho?
— Tem razão — atesta Alec. —, mas meu lumeny prefere que aja menos incidentes perigosos — articula e vê-lo falar de Bob claramente faz com que a aura em torno dele mude. O que eles têm é indiscutível, é precioso, de certo, aquece o seu coração em todas as noites que não pode colocar seus olhos nele.
— Todos nós gostaríamos de que as coisas fossem menos perigosas — replica Henry. — Elas simplesmente não podem ser contornadas em algumas circunstâncias. Perdemos a cabeça quando vemos alguém que amamos prestes a morrer.
— Conseguiu passar por isso — o recordo.
A mulher lá dentro fazendo amizade enquanto brinca com um bebê é a prova disso.
Seu coração batendo agora é outro indicativo, por que é bem nítido que possivelmente não estaria diante de nós agora se ela tivesse morrido. Posso não ter estado na ocasião em que Marie enfrentou a morte, mas leio o que está escrito em seus olhos.
— Verdade, mas a mente tende a sentir por certas circunstâncias, por mais que elas não existam mais agora — pontua Henry e posso entender. Por mais que saiba que o meu irmão está vivo continuo temendo experimentando a dor de quando tinha certeza quanto a sua morte.
Contudo, agora também tenho motivos para tentar insistir em um modo de me ligar a ele. Depois daquele nosso encontro não o vi mais. Bob deve estar muito fraco, é a única explicação em que consigo pensar.
— Logo terão o que desejam e eu poderei tentar fazer com que a minha irmã esqueça como é sair de casa — fala o vampiro, todavia, consigo ver que nem ele acredita no que diz, sabe que não pode impedi-la, o que fica no seu alcance é a possibilidade de segui-la e só. — Quem sabe o meu primo possa convencê-la dentro de um quarto. Um segundo bebê poderia ser uma boa ideia.
— Você fala disso muito calmamente — profiro e ele mostra um sorriso ansioso.
— É uma coisa da linhagem lupina correndo nas veias dela — conta-nos. — ter filhos em pares faz com que ambos sejam mais fortes, assim como nós somos.
— Você é um vampiro — arrazoa Alec.
— É, isso foi uma brincadeira estranha dos deuses — discorre, olha para o céu como se pudesse xingar quem fez tamanha artimanha. — Eu nasci um pouco adiantado.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Céu escarlate - Série Lobos de Ayvalle | Livro 4 | COMPLETO
Hombres LoboMatar sempre esteve no cotidiano de Luna, mas, no final, salvar sempre foi a sua maior dificuldade. Com um Deus em sua cola, Luna precisará reunir todos os seus aliados e formular um grande plano para conseguir atravessar as dificuldades em seu cami...