Derick
No momento em que abriu os olhos Alec agiu agressivamente.
Marie e henry podem não ter estado aqui naquele momento, mas esperam disso para pior. Por mais que queira que meu corpo reaja permitindo que eu fique de pé, a dor continua tomando a dianteira impedindo as minhas escolhas.
Levo o punho até minha coxa e apesar de estar me torcendo de um jeito estranho, uma vez que não consigo me apoiar melhor contra o chão, bato com meu punho nela esperando que meu corpo aja.
Não preciso de muito, apenas quero ter certeza de que Luna saiba que estou aqui quando acordar. Odeio pensar naquilo que ela pode ter enfrentado durante o tempo que esteve no limbo. Lalin disse que muito poderia ocorrer, no entanto, somente imagens sangrentas me vinham a mente.
O limbo não é um lugar de descanso. É onde almas se perdem. Perdidas, é normal que fiquem confusas, e essa confusão pode acarretar muitos problemas. Também foi impossível desconsiderar que Kulan estaria envolvido. Ele amaria quebrar a mente da Luna.
Eu vi em seus olhos naquele dia, apreciava o quanto de sangue ela tinha derramado. Quanto mais sangue estivesse nas mãos dela, mas ele se alegraria. E por mais que eu não tenha intenções de fazer com que resolva as situações de um modo diferente, prefiro que possa escolher por opções que a deixem mais longe do que vivia com os Nocturs.
Por mais que não nos conte, sei que foram dias sombrios.
Luna fala muito sobre ter matado, mas jamais me disse quem foi o seu primeiro. Quantos anos tinha. Qual foi a desculpa que o alfa deu para a missão. Se ganhou algo com ela. Obviamente manter a sua mãe segura é o que ela mais queria, entretanto, todos eram recompensados por suas missões.
O cheiro de sangue que se dispersava pelo cômodo indo para além dele se torna mais fraco. É muito pouco para dizer que não prejudicaria um vampiro faminto, mas diminuiu.
— Porque eles não levantam? — Pergunto a Henry.
O vampiro também está curioso com o que está acontecendo.
No caso de Marie provavelmente demorou muito menos, por conta disso, deixa que sua curiosidade leve suas pernas para mais perto. Marie nem se incomoda de impedi-lo, considera, provavelmente, que é um gasto de energia desnecessário e acabou de usar muito de sua magia.
Ter uma âncora para a magia faz com que quem a use não esgote todas as suas forças. A âncora teria que morrer primeiro para que a bruxa ficasse em risco. Está era uma garantia para nós dois, uma vez que se morresse durante o feitiço, aquele que precisasse lidar com ele em seguida sofreria ainda mais, visto que qualquer manipulação pode fortalecê-lo.
— Luna, por favor, você tem que me deixar ver os seus olhos — murmuro as palavras, levo um tempo para perceber que os meus lábios estão expondo meus desejos mais intensos.
Os batimentos ritmados de seu coração estão muito mais fortes do que antes. É incrível como seu corpo parece gritar sobre o quão saudável está. Por mais que não tenha uma posição favorável, tudo o que sinto em meu âmago deixa isto claro.
— Ela está ouvindo o que você diz — garante Marie, olhando-me, se está incomodada com a minha posição não reclama. Considerou que eu ficaria nesse estado ou pior do que isso? — Ela e sua loba parecem precisar de uma conexão segura mais uma vez — conta-me.
Um impulso espelhando aquele feito pelo corpo de Alec quase me faz mover as pernas. Toda a dor se acumulou nelas, deixando meus membros inferiores incapacitados de qualquer coisa.
— Que caralho Luna! — Foi a primeira frase escapando dos lábios do meu cunhado e os seus olhos brilhando em um tom de vermelho sanguinolento encontram-se com os de Marie por breves segundos, já que o seu maior interesse é a sua irmã, ainda desacordada do seu lado. — Por que ela não acorda?
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Céu escarlate - Série Lobos de Ayvalle | Livro 4 | COMPLETO
Loup-garouMatar sempre esteve no cotidiano de Luna, mas, no final, salvar sempre foi a sua maior dificuldade. Com um Deus em sua cola, Luna precisará reunir todos os seus aliados e formular um grande plano para conseguir atravessar as dificuldades em seu cami...