Juliette tinha-se levantado bem cedo quando todos ainda dormiam. Hoje o plantão iniciava-se muito cedo e precisava ir.
Preparou um café rápido e já estava a terminar quando dona Elsa chegou à cozinha.
- Já, minha filha?
- Hoje preciso chegar cedo.
- E só comes isso? Nem fruta?
- Acordei indisposta. Comi uma torrada com café. Mais tarde como qualquer coisa.
- Enquanto vais lavar os dentes eu preparo um lanchinho para levares.
- Obrigada. - disse Juliette dando-lhe um beijo na face.
Juliette terminou lá no banheiro deu um beijo em Rodolffo ainda a dormir, passou no quarto da filha e deu-lhe um beijo também e voltou à cozinha.
- Coloquei uma laranja. Se sentires enjoos a laranja ajuda.
Juliette olhou para Elsa e sorriu. As mães sempre entendem tudo.
Valentina estava com quase dois anos e Juliette sempre se preveniu nas relações, mas o instinto dizia que era hora e há cerca de três meses ela tinha deixado de tomar o anticoncepcional. Logo no segundo mês ela não menstruou, mas também não deu importância. Agora de novo a menstruação não veio e ela ia fazer o teste.
Não quis dizer nada a Rodolffo porque ele é muito emocionado e ansioso. Preferiu confirmar primeiro porque certeza ela já tinha.Chegou ao hospital e foi logo ao bloco de análises. Fez a colheita de sangue e pediu que lhe mandassem o resultado para o seu email.
A sua colega de turno ia sair dentro de uma hora e ela pediu para lhe fazer um ultrassom.- Vamos agora mesmo, Ju.
- Eu fiz análises há pouco, mas eu sei que estou grávida.
As duas brincaram durante o exame e tudo foi confirmado. Juliette estava grávida de pouco mais de dois meses.
- Parabéns, Ju. Se há alguém que merece és tu.
- Tenho medo, Diana. Da última vez não correu bem.
- Não penses nisso. Nada é igual. Vais ver que está aí um bébé lindo e saudável. Então se sair ao pai!
- Só porque és tu vou relevar. Eu sou ciumenta.
- Comigo estás à vontade. Não troco o meu deuso por qualquer um, nem mesmo pelo teu.
- O João é um belo pedaço de homem, mas não igual ao meu Rodolffo.
- Então está tudo certo. Tu com o teu e eu com o meu. Aliás, que tal uma sessão de swing?
- O quê? Diana, estás louca, mulher. Vamos trabalhar que é para isso que estamos cá.
- Estou feliz por ti, amiga.
- Eu sei. Obrigada.
As duas seguiram caminhos diferentes pelos corredores do hospital. Juliette entrou no seu gabinete, vestiu a bata e acariciou a barriga dizendo baixinho:
- Desta vez vai dar certo, meu amor.
Olhou para o relógio e marcou o número de Rodolffo. Pelo horário ele já estaria no trabalho.
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Deixa-me cantar à Lua
FanfictionA lua. Sempre ela. Grande, linda, sempre lá no alto acolhendo tanto is enamorados, como os tristes solitários. Por isso eu canto para ela.