Acordei e Juliette já não estava na cama. Eu sabia que ela saía cedo e nem me lembro dela se despedir de mim o que ela fez de certeza pois nunca sai sem me dar um beijo.
Fiz a minha higiene e desci para tomar café.
- Bom dia mãe. Viu a Ju?
- Vi. Saiu cedo e não comeu quase nada. Fiz um lanche para ela levar.
- E a Valentina?
- Ainda dorme. Essa só acorda daqui a uma hora mais ou menos.
Rodolffo terminou de comer e saiu para o trabalho. Teve uma reunião na primeira hora e preparava-se para a próxima quando recebeu uma chamada de Juliette.
- Oi, amor. Saíste cedo e nem ouvi.
- Eu não fiz barulho. Tens muito que fazer? Podes almoçar comigo?
- Mesmo que tivesse. Para ti estou sempre disponível. Está tudo bem?
- Está, mas queria contar-te uma coisa.
- Boa ou má?
- Boa. Se fosse má deixava para depois. Pode ser naquele restaurante italiano que eu gosto?
- Passo aí às 13 e vamos.
- Obrigada. Até logo amor.
Depois de desligar, Juliette ligou para o restaurante e fez um pedido. Pelo facto de já ser conhecida lá, o chefe logo se prontificou a atender o seu pedido.
Explicou direitinho o que queria e depois de desligar mergulhou no trabalho. Estava muito feliz e qualquer pessoa podia ver isso no seu rosto.
Até Roberto, um médico cardiologista que a tentou paquerar antes de saber da relação dela com Rodolffo. Hoje namora uma das enfermeiras do hospital e com Juliette mantém uma amizade de colegas.- Há uma luz especial no teu rosto, Juliette.
- Hoje todos resolveram reparar em mim? Tanta gente já me disse o mesmo ou parecido.
- Então é porque é verdade. Queres contar algo?
- O quê Roberto? Não há nada para contar. Pelo menos por enquanto.
- Ah! Então há e não queres dizer.
- Não há nada. Sério Roberto. Vai trabalhar.
Roberto saiu de perto dela e enquanto analisava alguns processos Juliette pensava qual seria a reacção de Rodolffo quando lhe contasse da gravidez.
Ela sabia da vontade dele ter uma família grande. Dizia ele que por ser filho único sentiu a falta de um irmão e não queria que a sua filha passasse pelo mesmo.Juliette apesar de também ser filha única nunca sentiu essa falta porque foi criada numa comunidade onde havia muitas crianças e estavam juntos a qualquer hora. Era comum passar horas na casa dos amiguinhos e o contrário também sucedia.
Com estes pensamentos nem viu as horas passar. Foi trazida para a realidade quando bateram à porta. Mandou entrar. Era Rodolffo.
- Já são 13 horas?
- 13 e 15 mais propriamente. Bom dia amor. - disse Rodolffo abraçando-a e dando-lhe um beijo em repenicado.
Juliette avisou a sua assistente que talvez demorasse um pouco mais no almoço e saiu abraçada com Rodolffo.
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Deixa-me cantar à Lua
FanficA lua. Sempre ela. Grande, linda, sempre lá no alto acolhendo tanto is enamorados, como os tristes solitários. Por isso eu canto para ela.