Rodolffo percebeu que ela estava furiosa e foi logo tentar justificar-se.
- Meu amor, eu sei que não agi certo ao esconder mas não queria que fosses trabalhar preocupada. Desculpa.
- E desde quando te dei o direito de decidir isso. Eu sei lidar com os meus problemas assim como lidas com os teus. Deixar aqui as meninas com a tua mãe não foi muito inteligente.
- Também ficou um policial.
- E eu tive que saber por ele o que se passava porque o meu marido não confia em mim.
- Isso não é verdade.
- Não quero falar agora disso. Prenderam a vagabunda?
- Deu tudo certo. Aquela não sai tão cedo da cadeia.
- E a Helena? O que vai acontecer?
- O doutor Ivo vai representá-la o melhor que souber e puder.
Queria saber o que tu achas dela continuar aqui?- Por mim tudo bem. Não me parece bem mandá-la embora, agora.
- Como reagiu a outra?
- Xingou todo o mundo. Soquei-a na cara e Helena também lhe bateu.
- Na frente da polícia? Sabes que ela pode processar-vos.
- E daí? Que processe, mas eu tinha que lhe bater. A idiota nem se tocou que a criança era a boneca tal era a ganância.
- E o outro envolvido?
- Não fiquei para saber quem era.
Quando soquei a Marta, a polícia retirou-me do local mais a Helena.- Espero que ela apodreça na prisão.
- Eu também. Estou perdoado?
- Não. Chega pra lá que estás de castigo. Não estou boa contigo, não!
- Agora temos que esperar o julgamento e todo o processo.
- Eu quero sair daqui uns tempos. Será que consegues antecipar as tuas férias?
- Tu consegues?
- Acho que não é difícil. Esta época ninguém faz férias, então creio que consigo.
- Vou ver lá no banco. Quando pretendes ir e para onde?
- Não precisamos sair do País. Eu contento-me com uma praia e um pouco de montanha. Levamos a tua mãe e as crianças e vamos descansar desta aceleração toda.
- Eu vou ver um sitio bem legal, mas agora já posso ter um beijo? Não tenho um beijo teu desde ontem à noite.
- Mentira. Hoje cedo eu beijei-te antes de sair.
- Esse não conta. Eu não vi.
Rodolffo tomou Juliette nos braços e logo estavam unidos num beijo apaixonado esquecendo-se que tinham plateia.
- A mamãe e o papai são namorados. - Valentina batia palmas e saltitava.
Juliette encostou a cabeça no peito de Rodolffo e sorria com o entusiasmo da filha.
- É verdade, minha menina. Tu gostas que eu seja namorado da mamãe?
- Gosto. Eu também vou ter um namorado?
Rodolffo não esperava que ela dissesse aquilo e olhou para Juliette.
- Vais sim, meu amor. - respondeu Juliette já que Rodolffo ficou sem palavras.
- Lá para os 40 - disse ele baixinho. Juliette deu uma gargalhada e uma palmada no braço dele.
- Espera sentado, Rodolffo! Esta vai dar dores de cabeça. É precoce em tudo.
Eles continuavam abraçados e Valentina veio juntar-se ao abraço. Os pais deram-lhe um beijo no rosto e puseram-a no meio dos dois. A outra, Camila, dormia o sono dos justos ali ao lado.
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Deixa-me cantar à Lua
FanfictionA lua. Sempre ela. Grande, linda, sempre lá no alto acolhendo tanto is enamorados, como os tristes solitários. Por isso eu canto para ela.