Cap. XVII

52 9 6
                                    

Rodolffo chegou um pouco mais tarde. Trazia flores e chocolates que entregou a Juliette juntamente com um beijo.

- Já estava preocupada.   Demoraste!

- Fui comprar um agrado para a mulher mais linda do universo.

Contámos à mãe dele e como eu previa já não era novidade.

- Eu sabia.  Só não quis ser intrometida.  Vê-se na tua pele.  Parabéns meus filhos.  Que venha com saúde e vos traga muitas bênçãos.

- A todos nós. - respondeu Juliette beijando dona Elsa.

- Vem.  Eu estava à tua espera para me fazeres uma massagem nos ombros.  Estou com muitos nós.

Mais tarde, terminado o jantar, dona Elsa assistia às suas novelas na sala enquanto Juliette e Rodolffo preferiram apanhar fresco no jardim da casa.

Sentados no baloiço, Valentina estava aninhada ao colo da mãe chuchando no dedo.  Juliette cantava uma canção de ninar.  A lua na fase nova brilhava lá no alto, deixando o ambiente muito romântico.

Depressa Valentina dormiu e Rodolffo segurou nela e entrou para a colocar na sua cama.

Voltou para junto de Juliette e abraçou-a deixando-a encostada no peito.

- Sabes!  Eu podia morrer hoje, tamanha a felicidade que sinto.

- Vira essa boca pra lá.  Havemos de ser bem velhinhos, de bengala a arengar um com o outro.

- Ju, sei que para ti não é importante e para mim também não era, mas hoje eu quero muito.
Então - Rodolffo separou-se dela e ajoelhou na sua frente mostrando uma pequena caixa com duas alianças.  - Aceitas casar comigo?

Juliette que não esperava aquilo, a princípio ficou sem palavras.  A emoção surgiu em forma de lágrimas e um sim abafado saiu dos seus lábios.

Rodolffo colocou o anel e a aliança no dedo dela beijando-os e de seguida recebeu também a sua.

- Pronto.  Agora só falta a cerimónia, mas isso vou deixar para tu resolveres a data, depois resolvemos local e essas traieiras todas.

- No início tinhas fé da nossa relação?

- Sempre tive.  Eu sei que sou um pouco precipitado em algumas decisões,  mas não foi o caso.  A primeira vez que te vi estavas a amamentar a Valentina e foi essa imagem que me fez apaixonar.  Naquela hora eu soube que te queria.

- E se não tivesse dado certo?

- Eu moveria tudo para que desse certo.  Essa era uma questão de honra.  Só precisava que tu gostasses um pouco de mim.  Com isso eu sabia que te faria apaixonar também.

- E deu muito certo.  Eu te amo muito e estou grata por tudo o que já vivemos e ainda viveremos.

- E agora estamos esperando o nosso/a filho/a.  Qual é o teu palpite?

- Eu sei que vem aí uma princesinha.

- Sabes?  Ou é o teu desejo?

- Eu ficarei feliz com o que vier, mas é uma menina.  Tenho certeza.

- Não digo nada.  Tu sempre acertas.

- E digo mais!  Agora é uma menina e a seguir vem o menino.

- Pronto!  Agora viraste vidente.

- Escreve o que eu digo e depois me dirás.

Juliette beijou apaixonadamente Rodolffo e ficaram ali contemplando a lua, até que ambos decidiram entrar em casa, já completamente silenciosa e foram dormir.

Deixa-me cantar à LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora