Cap. XX

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- Vamos lá Diana. Vamos fazer esta criança nascer e acalmar aqui o coração do papai. - disse Juliette entrando no hospital pelo seu pé.

- Não sei como conseguem estar tão calmas.  Se fosse eu a parir já tinha desmaiado há muito tempo.

- Rodolffo entre aí nesse gabinete e coloque o vestuário que está lá.  Já vêem buscá-lo.  Eu vou tratar desta mamãe.

Logo ele estava sentado à cabeceira de Juliette.   Segurava a sua mão junto aos lábios e nela depositava muitos beijinhos.

- Fica calmo, Rodolffo.   Logo teremos o nosso filho nos braços.

- Nossa filha.  É uma menina.

- Teimosa como o pai.  Neste tempo todo teimou em não abrir as pernas.

- E que se mantenha assim durante muitos e muitos anos.

Nem nas horas de maior tensão,  Rodolffo deixava de pensar em safadeza.  Era o seu jeito de lidar com a situação.

Juliette sorriu perante esta afirmação e Diana avisou que iam iniciar o parto. Juliette já estava com a dilatação necessária e as contrações eram constantes.

A cada contração ela gemia e apertava a mão de Rodolffo.  Não demorou muito para que a criança nascesse.  Foi um parto bem tranquilo e nada demorado.

Rodolffo foi convidado a cortar o cordão e sorriu ao verificar que era uma menina.

- Eu disse.  É uma Camila, Juliette! - disse voltando para junto dela e beijando-a.
A criança foi colocada junto ao peito de Juliette.  Ela deu-lhe muitos beijos antes de a deixar ir para observação.

Como tudo estava bem, Juliette permaneceu pouco tempo no hospital, regressando a casa dois dias depois de dar à luz.

Valentina estava eufórica com a mana e logo quis ir brincar com ela.  Foi preciso explicar-lhe que a mana não era boneca e que ainda não brincava.

Ficou emburrada, mas após Juliette lhe dizer que depois deixava-a ajudar a dar banho e mudar a fralda, ela ficou bem mais sorridente.

Dona Elsa ficou um pouco triste.  Ela desejava um neto, mas isso durou apenas o tempo até que bateu os olhos na neta.
Ao primeiro olhar ficou apaixonada pela doçura de criança.

- É a cara do meu Rodolffo.   A boca é da mãe, mas o  cabelo..., ninguém pode dizer que não é igual ao teu.

- Eu já acho que ela é mais parecida com a Ju. - disse ele fazendo um  carinho na bochecha da pequena.

Camila dormia serenamente alheia a toda esta conversa e Juliette aproveitou para se deitar um pouco também.  Rodolffo chamou Valentina para sair do quarto, mas ela subiu para a cama e aninhou-se junto à mãe.

- Deixa-a ficar, Rodolffo.  - Juliette pediu sabendo que era importante manter o contacto com ela para não se sentir excluída.

- Então também vou ficar.  Também quero miminhos. - disse Rodolffo deitando-se e abraçando as duas.
Dona Elsa abanou a cabeça a sorrir e saiu.

Juliette sorriu,  olhou para a filha sapeca e para Rodolffo que fazia beicinho.  Beijou os dois e acomodou-se com eles.

Deixa-me cantar à LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora