Juliette olhou novamente não acreditando.
- Silvestre!!! Que absurdo é esse?
- Absurdo? Olha aí. Desde quando essa negrinha podia ser minha filha? Acaso pensavas justificar como, se ficasse contigo?
- Não tenho que justificar nada, seu cobardolas. - Juliette entregou Valentina à avó e levantou-se.
- Quem era o negão com quem te divertias na minha ausência, Juliette a santinha?
- Vai se fu... - desculpe O palavrão dona Elsa.
- Vá lá. Diz-me como ias justificar um filho negro? Nunca eu ia aceitar. Então foi um favor que eu te fiz ao deixar-te.
- Sai daqui antes que eu chame a polícia e te acuse de racismo.
- Quero ver quem tem coragem para isso.
- Tenho eu. - disse Rodolffo que se aproximava e ouvindo a última parte da conversa desferiu um soco nele deixando-o a sangrar do nariz.
- Mas... quem é este animal? Eu é que vou chamar a policia agora. - falou partindo para cima de Rodolffo que o segurou pelo colarinho e lhe desferiu uma joelhada nos tintins.
Silvestre contorceu-se de dor e Rodolffo abraçou Juliette. Segurou em Valentina e seguiram para o carro deixando o tipo sentado no banco e dobrado sobre si mesmo, gemendo de dor.
Ainda o ouviram soltar alguns palavrões e ameaças.
- Era o pai do Filipe. - disse Juliette já no carro.
- Eu percebi. Como é que te relacionaste com este tipo de gente racista.
- Nunca percebi que fosse assim. Ele não era assim.
- Então disfarçava bem, porque isso não se aprende. Nasce com o ser humano.
Juliette ficou em silêncio e as lágrimas teimavam em cair. Rodolffo percebeu e colocou a mão sobre a dela apertando.
- Está tudo bem. Foi só mais um incidente dos muitos que ainda vamos passar. Ao longo da vida vamos encontrar muita gente como ele.
E vamos ter uma enorme tarefa para ensinar a nossa filha a lidar com isso.
- Isso é o que me dói. Agora ainda não entende. Olha como ela dorme plena e alheia a tudo.
Rodolffo olhava pelo espelho retrovisor e de facto Valentina lá seguia dormindo e sorrindo.
- Sorriu para o papai, viste?
- Convencido é teu apelido do meio, não?
Dona Elsa também não entendia como havia gente assim. Na sabedoria dos seus muitos anos já tinha visto de tudo e continuava sem entender certas pessoas.
Entraram em casa, Rodolffo colocou Valentina na cama e foi desafiar Juliette para um banho.
- Só banho?
- E eu sou lá homem de um simples banho? Vou aliviar essa tensão que eu vejo aqui no teu corpo e ao mesmo tempo alívio a minha tesão.
- Depravado.
- Depravado não, cuidadoso. Cuido da minha mulher e cuido de mim. Também quem mandou tu seres tão gostosa?
- Tu também és um gostoso. Vem, vamos antes que a nossa filha chame por nós.
- A minha mãe cuida dela. - disse ele soltando os laçarotes das alças do vestido de Juliette que caiu no chão deixando-a apenas com a calcinha.
Rodolffo libertou-se imediatamente da sua roupa, pegou nela ao colo e levou-a para o box do banheiro abrindo a àgua e deixando-a cair sobre os dois.
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Deixa-me cantar à Lua
FanfictionA lua. Sempre ela. Grande, linda, sempre lá no alto acolhendo tanto is enamorados, como os tristes solitários. Por isso eu canto para ela.
