Cap. VI

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Rodolffo tinha tido apenas um relacionamento mais sério, mas por apenas uma divergência não teve seguimento.  Marta, engenheira informática estava focada na sua carreira e havia deixado claro que não tinha vocação nem queria ser mãe.
Decidiu terminar a relação porque o assunto estava sempre presente em todos os momentos e já se tornava desgastante.

Ele nunca mais assumiu ninguém.   Limitava-se a sair de vez em quando e se rolasse alguma coisa era circunstâncias do momento.   Tal como agora, saía uma ou outra vez com Rafaela mas não assumia nada.
Não era aquela mulher a que o faria tomar uma decisão, muito também porque a sua mãe não a aprovava.

- Pensa bem filho.  Essa mulher só está interessado no seu bem estar.

- Eu sei, mãe.  Ainda não é esta que me levará ao altar.  Não é fácil superar a Marta, mas eu quero uma mulher que caminhe a meu lado, não atrás nem à frente.

...

Chegou de novo ao gabinete da doutora e teve que esperar pois ela tinha começado a observar uma grávida.

Estava nervoso e não se sentou.  Caminhou até à janela, foi até à máquina e tirou um café que bebeu rápidamente.

Algum tempo depois mandaram-no entrar.  As mãos transpiravam e todo ele estava tenso.

- Esqueceu-se de alguma  coisa  Doutor Rodolffo?

- Desculpe o atrevimento.  Esqueci-me de perguntar:

Quer ser a mãe da Valentina, comigo? 
Não precisamos viver juntos, mas podemos assumir essa responsabilidade em conjunto.  Só precisamos decidir como vai ser a guarda.

Juliette olhava para Rodolffo e não conseguia articular palavra.  Essa possibilidade jamais passaria pela cabeça dela.

- Nem sei o que dizer.  Estou surpresa com o pedido.  Preciso pensar.

- A doutora é casada, tem uma relação?  Digo isto não para me intrometer, mas poderíamos jantar hoje e falar sobre o assunto.

- Não tenho ninguém.   Aceito o convite.  Pode ser na minha casa pois estaremos mais à vontade.  Marque aí o seu número de telefone para lhe enviar a minha morada. - disse entregando-lhe o seu telefone.

Rodolffo registou o seu número no telefone dela, despediu-se e saiu.  Por uma razão qualquer sentiu uma sensação de felicidade que há muito não experimentava.

Entrou novamente no carro e logo o seu telefone tocou.

- Bom dia Rafaela.  Não,  hoje não vamos sair.

...

- Porque não me apetece.  Tenho outro programa.

...

- E se for outra mulher?  Acaso somos casados ou temos algum compromisso?

...

- Esquece-me.  Vou ser pai e quero mudar de vida.  Essa história de paqueras já deu para mim.

...

- Não te interessa.  A mãe da minha filha não é chamada para a conversa. Tchau.

...

- Tchau, Rafaela. -  Ele falou, desligando de seguida.

Espero que esta entenda que não tem qualquer chance comigo e desista.  Vou conversar com a minha mãe e explicar-lhe tudo.  Sei que ela me vai apoiar, pois tem-no feito desde sempre.  A minha mãe sempre foi e será o meu porto de abrigo.

Deixa-me cantar à LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora