Mais um dia de trabalho no hospital. Juliette já apresentava uma barriga bem notória para os seus sete meses de gestação.
- Mande entrar a próxima gestante. - pediu ele à sua assistente.
Pela porta entrou quem ela menos esperava. Uma jovem na casa dos seus 25-30 anos, linda, de cabelo loiro e pele branca, vinha acompanhada do seu ex.
Silvestre entrou e quando Juliette levantou o olhar para lhes dar atenção, ele parou estático.
- Laura, vamos embora. Aqui não teremos sorte.
Juliette olhou para a moça e notou a decepção estampada no seu rosto. Os olhos estavam vermelhos como quem tinha chorado.
- Não precisam ir embora. Eu posso chamar a minha colega para vos atender.
- Eu não tenho problemas. Pode ser a doutora mesmo. - disse a moça.
- Eu disse vamos embora. - Silvestre segurou o braço dela puxando-a da cadeira onde ela já estava sentada.
- Silvestre, deixa de ser marrento. Estou aqui como médica e não outra coisa.
For favor chame a doutora Diana, - disse Juliette à assistente.Juliette sentiu que aquela moça precisava de ajuda. Em hipótese alguma ela poderia deixá-los irem sem saber porque vieram. O olhar dela era como uma súplica.
Abriu a a gaveta da secretária e accionou o gravador. O bom senso mandava. Levantou-se para colocar um documento no móvel atrás de si e logo começou o ouvir um monte de impropérios.
- Buchuda de novo? Quem é o otário desta vez? E quem é o pai? Por certo outro negrinho que caiu na tua rede.
Laura sem perceber nada, olhava para Silvestre com ar de reprovação.
- Nem abras a boca. É que são todas iguais. Usam a barriga para fazer de nós trouxas. Eu disse-te que nunca ia ser pai. Hoje mesmo resolvemos esse assunto.
- Qual a necessidade de ofender? Já faz tanto tempo.
Diana, por favor, toma conta do caso deste casal.- A minha namorada veio aqui para fazer um aborto. Que seja rápido e deixemos de muita conversa.
- Venham comigo até à minha sala.
Os três saíram e Juliette respirou aliviada. Fez uma chamada para Diana.
- Finge falar com alguém que não eu.
Tenta ficar a sós com a moça. Desconfio que está a ser obrigada.- Muito bem. O que os trás aqui?
- A minha namorada está grávida de 3 meses e quer abortar.
- E o senhor é o pai?
- Espero que sim, né?
- E concorda?
- Ela sabia que eu não quero ter filhos. Decidimos em conjunto.
- Vou pedir-lhe que espere na sala pois vou examinar a sua namorada.
- Eu não posso ficar junto?
- Neste exame não. Vai ser rápido, por favor aguarde na sala de espera até eu o chamar.
Quando ficou a sós com Diana, Laura começou a chorar.
- Por favor, doutora. Eu não quero tirar o meu filho. Ele é que me obriga.
- Fique calma que eu já percebi e vamos resolver isso. Venha comigo para a outra sala.
Entretanto, Juliette havia saído da sua sala em direcção ao rés do chão onde se encontrava o agente de polícia de serviço.
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Deixa-me cantar à Lua
FanfictionA lua. Sempre ela. Grande, linda, sempre lá no alto acolhendo tanto is enamorados, como os tristes solitários. Por isso eu canto para ela.