Rodolffo e Helena regressaram horas depois após prestarem declarações e ouvirem as explicações do policial designado para anotar tudo.
Helena fez a denúncia contra Marta e sobre a chantagem ficou a saber que o homem afinal tinha morrido com uma faca cravada no peito, assim mostrava o resultado de autópsia. O processo apesar de todo o tempo decorrido ainda não estava concluído.
- Eu disse que não estava morto quando o deixámos e Marta voltou atrás para verificar. Voltou para junto de mim e disse que estava bem morto
A polícia anotou este e outros pormenores. Pediu os números de telefone das duas. Estariam sob escuta a partir de agora.
O ambiente em casa estava tenso. Rodolffo não sabia o que fazer em relação a Helena. Despedí-la era um tiro no escuro. Marta podia perceber e ser violenta.
Os policiais sugeriram que tudo ficasse como até ali. Só assim poderiam ter sucesso. Helena deveria continuar a agir como se nada tivesse acontecido. Rodolffo não confiava mais.
Ao deparar-se com Juliette em casa decidiu ir até ao banco e pedir 3 semanas de licença. Pretendia vigiar as filhas 24 horas por dia até o assunto estar resolvido.
Regressou e subiu para o quarto com Juliette. Helena tinha sido dispensada o resto do dia.
- O que fazemos, Rodolffo?
- Vamos agir normalmente, mas eu não vou trabalhar durante um período. A Helena fica apenas com a faxina da casa. Não a quero junto às meninas. Eu tinha razão quando disse que havia algo nela.
- Não era melhor que fosse embora?
- A polícia não aconselha. Quer apanhar a Marta e o comprador em flagrante.
- Eu não vou deixar a minha filha servir de isco?
- A policia e o Advogado do banco vão falar comigo novamente amanhã. Estou exausto. Vou tomar um duche.
- Vou descer e preparar algo para comeres e depois vais descansar. Foi um dia muito intenso para todos.
Rodolffo estava deitado. Abraçou Juliette e algumas lágrimas surgiram no seu rosto. Juliette limpou-as com o polegar e depositou um beijo nos seus lábios.
- Fica aqui comigo um pouco.
Camila dormia ali ao lado. Juliette deitou-se e abraçou o marido entrelaçando os dedos no seu cabelo. Não tardou muito para que ele adormecesse e ela ficou ali a velar o sono dele.
Não era um sono sereno. Rodolffo mexeu-se várias vezes gesticulando e falando coisas imperceptíveis. Ela puxou-o para o peito. Ele passou o braço sobre a cintura dela e aos poucos foi acalmando.
Camila acordou algum tempo depois e Juliette com jeitinho livrou-se dos braços de Rodolffo para atender a filha e evitar que ele acordasse.
Pegou nela e desceu para junto de Elsa e Valentina que viam desenhos na TV.
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Deixa-me cantar à Lua
FanficA lua. Sempre ela. Grande, linda, sempre lá no alto acolhendo tanto is enamorados, como os tristes solitários. Por isso eu canto para ela.