۫ ּ ִ ۫ ˑ ֗ ִ 𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟔 ۫ ּ ִ ۫ ˑ ֗ ִ

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Esmerald Flame

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Esmerald Flame

Eu estava completamente sem sono, mesmo com os olhos fechados, meu corpo não conseguia relaxar. Algo parecia me cutucar toda vez que eu encontrava uma posição, como se uma ervilha me perseguisse no colchão. Por fim, a irritação chegou ao seu auge e abri meus olhos, revirando-os. Saí da cama e fui até a porta para pegar meu roupão, ele contornava meu corpo e a seda escura quase arrastava no chão, o que me satisfazia por algum motivo. Sentei-me no sofá da janela, passando minhas pernas para que se acomodassem no acolchoado. A noite caía do lado de fora e observei a densa floresta que se estendia além dos campos da Academia.

Era tão bonita quanto assustadora, o verde escuro escondendo, dentro das sombras, perigos que impediam qualquer aluno de explorar a região. Abri uma fresta na janela e um aroma diferente invadiu meu quarto.

Magia.

Aproximei-me um pouco mais, tentando ver algo novo ali embaixo, porém tudo parecia normal. A brisa, o som das folhas roçando e muitos, muitos grilos. Entretanto, algo não parecia certo. Deitei a cabeça no vidro e esperei alguns minutos, pois aquilo estava me distraindo de alguma forma. Até que algo pareceu brilhar de forma anormal, como um feixe de luz. Meus olhos se cerraram, procurando o responsável pelo feito, porém o campo estava vazio, sem sinal de qualquer aluno.

Um clarão invadiu minha visão e dei um pulo para trás, caindo do sofá e me enrolando nas cortinas. Guinchei com a dor que irradiou em minha cabeça, porém logo apoiei minhas mãos na janela e me levantei. Massageei minha cabeça ao tentar encontrar aquilo novamente, até ver algum tipo de barreira mágica que protegia a Academia da Floresta, algo que eu nunca tinha visto. Um rasgo havia sido feito nela e ele cintilava tão fortemente que machucava minha visão.

Minha nuca se arrepiou com o sentimento de estar sendo observada e meus dedos se apertaram no vidro, com minha intriga. Coloquei meu joelho novamente sobre o sofá e enfiei minha cabeça para fora, na esperança de entender o que estava acontecendo.

Os pelos de meu corpo se arrepiaram ao ver um par de olhos vermelhos encarando o fundo de minha alma, vindo de dentro daquela fenda. Tentei me afastar da visão, mas um formigamento deixou minhas pernas quase completamente fracas e nada me fazia desfocar minha atenção. Aquilo parecia hipnótico, pois cada vez mais, meu interior gritava para que eu investigasse.

Sem pensar ou pedir, pisquei com tanta força que pensei que meus globos oculares poderiam afundar. Quando voltei a enxergar, tudo parecia estranho, como se fosse a primeira vez que eu estivesse ali. Meus pés seguiram instintivamente até a porta e a destranquei, indo até as escadas, pulando os degraus com ansiedade. Minha cabeça doía e as paredes pareciam querer me engolir, enquanto os quadros sussurravam palavras que eu não entendia. Tudo começou a girar, porém eu não conseguia fazer meus pés se fixarem no chão, como se eu não pudesse mais controlá-los.

Algo me puxava para fora do prédio com determinação, sabendo exatamente para onde queria ir. Eu, por outro lado, apenas via um grande borrão escuro e, apesar do silêncio, vozes ressoavam em minha mente. A dor irradiava e eu começava a entrar em desespero, pois minhas pernas aumentavam a velocidade e, ao tentar gritar, nenhum som saía.

𝐑𝐎𝐓𝐓𝐄𝐍 𝐓𝐎 𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐑𝐄 - 𝙃𝙖𝙙𝙚𝙨 𝙚 𝙈𝙖𝙡𝙚́𝙫𝙤𝙡𝙖Onde histórias criam vida. Descubra agora