Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Esmerald Flame
Escutei a porta rangendo ao longe, porém não liguei muito, apenas murmurando e balançando levemente minha cabeça de um lado para o outro. Meu corpo não tinha forças para se mexer mais do que aquilo e minha mente se dividia entre meu sonho estranho em minha cabeça e a realidade.
— Lévola... — a voz de James ecoou próximo a mim, mas eu não conseguia ver seu rosto, apenas uma sombra.
Seus passos vieram em minha direção e ele parou em minha frente por um momento, me avaliando. Me encolhi no colchão, sem querer dar qualquer satisfação ou abrir meus olhos. Ele soltou um riso baixo, como se achasse a cena um pouco engraçada, e então envolveu meus ombros com os braços, me colocando em apenas um lado da cama. Puxou o cobertor o qual eu nem tive tempo de pegar e cobriu meu corpo, se deitando ao meu lado contra minhas costas. Seu rosto se acomodou entre meu pescoço e ombro, e o aroma do sabonete que usava se misturava com o toque úmido dos seus cabelos, que deixavam pequenas gotas sobre minha pele.
— Onde você estava? — minha voz baixa soou, lutando contra o sono.
— Eu disse que ela era gostosa... — suas palavras me fizeram rir de leve, porém agradeci por ter tomado banho antes de vir. — E você...? Por que está aqui? — pensei por um momento, mudando um pouco de ideia sobre contar o que havia ocorrido — Não estou reclamando, só estou curioso.
A imagem de Hades voltou à minha mente, trazendo uma confusão profunda. O toque de Adam ainda me causava um desconforto persistente, como se suas mãos deixassem uma marca desagradável em minha pele. Em contraste, o toque de Hades despertava algo intenso e inexplicável que eu não conseguia entender, deixando meu corpo ansioso por mais.
Suspirei, sem saber o que fazer. A presença de James ao meu lado era um alívio. A sensação de segurança e calor que ele transmitia era bom, trazendo uma paz momentânea e necessária para enfrentar todos os sentimentos que me atormentavam. Ele era a única pessoa no mundo com quem eu realmente não me sentia desconfortável ao sentir a proximidade. Até mesmo com Baba eu tinha uma certa relutância, mas com ele, em vez de me sentir incomodada ou sufocada, a presença dele me acalmava.
Seus dedos, com uma leveza quase carinhosa, afastaram as mechas soltas de meu cabelo que caíam sobre meu rosto. Com um movimento protetor, um de seus braços envolveu meu corpo, como se tentasse me confortar e mostrar que estava preocupado.
— É sobre o príncipe... ou sobre Hades? — Sua pergunta me fez resmungar irritada e ele soltou um riso entendendo o que eu queria dizer.
— Não quero ir para a aula amanhã. — A frustração na minha voz era evidente, refletindo o cansaço e a vontade de me esconder de tudo o que havia acontecido.
— Podemos fingir que pegamos uma virose e ficamos no meu quarto. — eu podia imaginar o brilho em seus olhos e o sorriso nos lábios ao revelar a ideia fácil e rápida para meus problemas. — Morgie pode trazer o café da manhã e o almoço.
