۫ ּ ִ ۫ ˑ ֗ ִ 𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 25 ּ ִ ۫ ˑ ֗ ִ

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 Esmerald Flame

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Esmerald Flame

A pequena fresta em minha janela, fazia com que a luz matinal entrasse de forma discreta pelo quarto, sendo que o céu ainda estava se abrindo e deixando a escuridão. Meus olhos se abriram lentamente enquanto minha cabeça deitava para o lado, encontrando Hades um pouco abaixo, deitado quase em eu peito, tão confortavelmente que era de se estranhar. Um de seus braços estava por cima de meu corpo, sendo que provavelmente em algum momento da noite ele havia se segurado ao meu quadril. 

Suspirei, me mexendo levemente para tentar não o acordar enquanto me ajeitava para ficar de frente para ele, um movimento que fez seus dedos se aprofundarem levemente em minha pele, como se seu inconsciente não quisesse me deixar sair da cama. Eu tive de me segurar para não soltar um riso baixo com aquilo, achando de fato interessante observar a forma como ele agia comigo. Sua expressão relaxava, sem qualquer franzimento ou ironia chegava a ser algo de outro mundo. 

Para ser sincera, eu mal havia dormido essa noite, já que minha mente não conseguia deixar de lado o quão abalada ele havia me deixado noite passada. Eu já o havia visto em sua vulnerabilidade, mas sempre foi algo mais físico do que emocional. Suas crises mesmo por se darem a partir de gatilhos, eram muito mais impactantes por conta da dor que ele acabava por sentir. Entretanto, quando ele apareceu em minha porta, quase como se tivesse corrido até mim, era diferente de qualquer outra vez.

Ele não havia me contado muito de como havia sido o motivo do ocorrido no feriado, porém tudo em que eu conseguia pensar era que eu odiava aqueles deuses. Nenhum deles servia para alguma coisa, apenas causando discórdia sempre que conseguiam e sendo gananciosos por mais e mais seguidores. Ver Hades, o ser mais estoico, confiante e as vezes até mesmo cruel que eu conhecia, derramar lágrimas em meu ombro, fazia minha alma estremecer. Eu não tinha ideia de como a cabeça dele poderia estar, já que o que eu havia visto, não era nem uma pequena porcentagem do que estava passando. Mil ideias passavam por minha mente, de como eu poderia conversar com ele, ou como as coisas podiam se resolver, mas bastava olhar para seu rosto calmo logo ao meu lado da cama, me fazia desistir.

Era difícil aceitar que só estar ali para ele seria suficiente, mesmo que fosse o certo, já que eu não deveria o forçar a me contar qualquer coisa que o deixasse ainda pior. Tudo o que eu queria era poder ter controle sobre a situação, de forma que ele nunca mais tivesse motivo para lembrar de seus pesadelos. O ver fraco, era como me olhar no espelho e aquilo me assustava, porque ele era infinitamente mais forte que eu e mesmo assim não conseguia lidar com seus problemas. O que restaria para mim?  

Aquilo me deu um arrepio e acabei por me desvencilhar dele, sentando na cama por um momento. Meus olhos se seguiram até a janela e eu me levantei com cuidado, andando até ela e me sentado entre as almofadas, como se aquela luz pudesse esvaziar minha mente e a escuridão que começava a se formar lá. 

-- Hm... -- um resmungo soou do outro lado, porém não voltei meu olhar para lá, apenas deixando meus ouvidos escutassem o colchão balançar e passos pesados se aproximarem. – O que está olhando? 

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⏰ Última atualização: 16 hours ago ⏰

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𝐑𝐎𝐓𝐓𝐄𝐍 𝐓𝐎 𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐑𝐄 - 𝙃𝙖𝙙𝙚𝙨 𝙚 𝙈𝙖𝙡𝙚́𝙫𝙤𝙡𝙖Onde histórias criam vida. Descubra agora