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— Então, você está me dizendo que o nome dele não é psicológica, e sim, Lee Felix? — Perguntou realmente curioso, com os lábios levemente entreabertos.

Seungmin soltou uma risada breve. Aquele novo paciente era sem dúvidas o mais peculiar entre todos os outros que o secretário Kim já havia conhecido.

— É isso aí. Ele é um psicólogo e ajuda a tratar mentalmente as pessoas que precisam. — Explicou.

Lino assentiu abrindo ainda mais a boca em entendimento, migrando seus lumes para a parede muito bem decorada atrás do Kim, que possuía quadros pendurados com frases típicas e clichês de autoajuda, extremamente positivas e reflexivas, tais como: "Se quiser o arco-íris, é preciso suportar a chuva." e "Ter um dia feliz e leve só depende de você. Faça acontecer!"

— Humanos são mesmo muito mais complexos e criativos do que eu imaginava. Eu gosto disso! — Concluiu, admirado.

Novamente, Seungmin não pôde evitar uma risada gostosa. Há tempos ninguém lhe fazia rir de forma tão genuína.

Ao mesmo tempo, outro diálogo acontecia naquela recepção clínica, a apenas alguns poucos metros de distância.

— Lix, você não tá entendendo. Você precisa me ajudar! — Han sussurrava entredentes ao loiro. — Esse maluco apareceu na minha casa no meio da madrugada, falando várias loucuras. Só sabe dizer que veio do Olímpio, que é um deus, filho de Afrodite e os caralho a quatro.

Enquanto escutava os relatos de seu amigo artista, simultaneamente, Felix mantinha seu olhar estritamente analítico e observador sobre o ruivo desconhecido que agora parecia estar em uma conversa superinteressante e animada com o secretário de sua clínica. O que por si só, já era muito curioso.

— Bom, ao menos ele não parece possuir traços de psicopatia. — Apontou para a interação que acontecia na sala de espera, enquanto ambos conversavam de pé, em frente à porta de seu consultório. — Veja como ele conseguiu interagir bem com Seungmin. — Desta vez, indicou mais discretamente, com a ponta do queixo. — Você sabe que nem mesmo eu sou capaz de manter um diálogo decente com meu próprio funcionário. Ele é super introvertido e fechado.

— Vai ver você que é aberto demais. — Han murmurou, pensando alto.

— Como é? — Felix arqueou uma sobrancelha em um olhar afiado, ajeitando a postura e cruzando os braços ao peito.

— Felix, você ouviu a parte em que eu disse que acabei de vir da delegacia? — Ignorou completamente a pergunta do loiro, segurando em seus ombros e olhando dentro de seus olhos esverdeados.

— Hum, e aí? — Perguntou sem nenhum real interesse naquilo. Desviar o rosto do de Han em sua frente, para poder continuar observando o ruivo de sorriso encantador a alguns metros atrás do amigo, era definitivamente mais importante e interessante.

— E aí que você sabe quantas vezes na minha vida todinha eu precisei ir em uma delegacia? — Han continuava a se pôr na frente de Felix, evitando que o outro continuasse a desviar de si.

— Quantas?

— Nenhuma. — Sua fala sussurrada acabou saindo um pouco mais exaltada do que deveria, arqueando ambas as sobrancelhas. — Essa foi a primeira. — Diminuiu novamente o tom de voz, olhando rapidamente para trás a fim de verificar se havia chamado a atenção dos demais. — Não vê que isso só pode ser algum tipo de mau presságio? Eu sinto uma coisa estranha sempre que estou perto dele.

— Que tipo de coisa estranha? Será que não é, sei lá... tesão? — Perguntou sugestivamente, arqueando duas vezes seguidas as sobrancelhas, com um sorrisinho contido em malícia nos lábios.

A Queda de Eros | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora