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Após o jantar – quase desastroso – com os pais de Han, o tempo acabou passando como um vulto, e quando Jisung e Lino foram perceber, felizmente, a sexta-feira já estava dando as caras, indicando o início do tão esperado final de semana, e com ele, a viagem que fariam.

A semana que findou como o passar de um furacão, completamente caótica e fugaz, devido às demandas da galeria. E por esse motivo, o ex-cupido e o artista não puderam parar nem mesmo para ver que horas eram no relógio. Sequer sabiam em qual dia da semana estavam enquanto estavam.

Jisung, Lino e Jeongin simplesmente não conseguiam parar de trabalhar nem por um segundo que fosse. Enquanto Han se manteve a todo tempo trancado em seu atelier no porão, para produzir novas peças, e até mesmo algumas telas, Jeongin ficou encarregado de treinar Lino, para que o ruivo pudesse lhe ajudar a lidar com todas as outras – muitas – demandas da galeria.

Demandas essas que eram: Embalar e realizar as entregas das demais peças arrematadas, receber os visitantes que passavam para olhar as peças ainda expostas, realizar a limpeza e manutenção da galeria, e até mesmo organizar as finanças para o Han.

E além disso tudo, ainda por cima, precisavam cuidar para que Jisung se alimentasse devidamente, pois quando o artista entrava em seu modo de produção, não saia do porão nem para beber água.

Por isso, no fim dos dias, quando Jeongin ia para casa, por mais que Lino e Jisung quisessem muito aproveitar a companhia um do outro, a única energia que lhes sobravam, era utilizada para: tomar um banho e se jogar na cama; onde logo apagavam imediatamente após nada mais do que alguns beijinhos de boa noite.

Pelo menos, agora compartilhavam a mesma cama e passavam a noite inteira de conchinha, dormindo e sonhando com a viagem à Jeju, onde poderiam descansar de verdade, e principalmente, onde poderiam estar juntos a todo momento, sem maiores preocupações.

Finalmente, na sexta, encerraram as atividades na galeria um pouco mais cedo, para que pudessem arrumar suas malas com calma, e assim, esperar pelo casal de amigos que lhes buscariam para levá-los de carona.

— Nossa, finalmente vocês chegaram... Nós vamos acabar chegando quase de noite lá. — Jisung resmungou, abrindo a porta de trás do carro de Hyunjin, este que desceu para colocar as bolsas dos amigos no porta-malas.

— Desculpa, Jiji! Eu tive que atender um paciente de emergência. — Felix se explicou, do banco do passageiro na frente, assim que Jisung e Lino entraram no carro.

— Olá, Felix! — Lino o cumprimentou com um sorriso e um breve aceno, assim que fechou a porta do carro.

— Oi, Minmin. Está animado para a viagem? — Perguntou ao ruivo que logo assentiu empolgadamente.

— Minmin? — Jisung arqueou uma sobrancelha, com os braços cruzados ao peito.

— É, ué. Você é o meu Jiji e ele é o meu Minmin, ora essa. Qual é o problema, hein, Han Jisung? — Felix também cruzou os braços, afrontoso, mas sem deixar de conter um sorriso provocativo no canto dos lábios. Estava adorando ver seu amigo demonstrar sentir ciúmes de alguém pela primeira vez na vida.

— O problema é que...

— E aí, galerinha boa, todo mundo pronto pra botar o pé na estrada? — Hyunjin acabou interrompendo o Han, ao entrar no carro e indagar animadamente.

O único ruivo presente semicerrou os olhos em confusão.

— Botar o pé na estrada? Mas como assim? Eu pensei que nós fossemos o trajeto todo no seu automóvel.

O Hwang gargalhou da "piada" feita por Lino, este que acabou continuando confuso pela metáfora feita pelo namorado de Felix.

Hyunjin colocou o seu cinto e se ajeitou no banco, erguendo-se para poder captar o passageiro bicudo e emburrado no banco de trás através do retrovisor central do carro.

A Queda de Eros | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora