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Ainda que Han Jisung tivesse certa dificuldade em aceitar quando estava errado, dessa vez, precisava admitir...

Felix jamais passaria frio, pois estava coberto de razão.

Desde que havia se mudado para sua própria casa, onde também pôde montar a sua própria galeria, o jovem artista simplesmente não conseguia mais desacelerar.

Com a mente sempre a mil, tudo o que mais desejava, era que a inauguração daquilo que dizia ser o seu maior e único sonho, fosse perfeita.

E talvez, só talvez, tanta afobação, ansiedade e nervosismo não lhes fossem muito úteis naquela missão.

Precisava fazer boas escolhas quanto as disposições de suas obras antigas, acumuladas de muitos períodos em sua faculdade, e principalmente das duas mais novas. Também precisaria se dedicar em deixar todo o ambiente elegante e apresentável para que os críticos mais rigorosos e chatos não tivessem munição para "meter bala" em si desnecessariamente.

Sem contar que contratar bons funcionários e um bom buffet, também era uma prioridade. Queria muito que seus convidados, e futuramente, possíveis clientes, tivessem a melhor experiência de todas em sua galeria. Havia até mesmo se programado financeiramente para oferecer o melhor champanhe de todos, sendo esse, indicação de seu amigo Bangchan, irmão de Felix, que era um dos barmans mais renomados de toda capital.

Eram muitas coisas a serem resolvidas e planejadas, e a única ajuda que o Han tinha, fora si mesmo, era a de seu assistente estagiário, Yang Jeongin, calouro no curso de Artes Visuais, na mesma faculdade em que Jisung havia se formado com honras.

O mais novo era bem esforçado e solícito, entretanto, ainda tinha muito o que aprender, por isso, vivia atrás do Han faminto para absorver todo conhecimento possível.

E como uma luz divina, Han não poderia negar que a inesperada chegada do homem de cabelos rubros em sua vida, acabou calhando de ser no momento perfeito.

Obviamente, Lino não possuía conhecimentos artísticos ou nada que fosse contribuir nessa questão, mas além de ter ajudado Han a distrair um pouco sua mente atribulada, o ruivo possuía atributos que certamente ajudariam muito.

— Lino, se não for pedir muito, será que você poderia utilizar desses seus belos braços fortes e cabeludos para me ajudar a subir esses caixotes extremamente pesados do porão? — O sorriso pidão que veio em seguida fora de extrema importância para somar com a grandíssima cara de pau de Han Jisung.

Entretanto, foram os olhinhos grandes e brilhantes do Han que captaram a atenção do ruivo, que simplesmente não pôde evitar de sorrir ao se hipnotizar pela imensidão de estrelas dentro do olhar puro e genuíno do moreno que somente Eros, o cupido, poderia ser capaz de enxergar.

Sabia, Han Jisung definitivamente era uma alma boa. Tão pura e límpida quanto as águas de uma nascente.

Talvez ainda não tivesse perdido completamente os seus poderes e isso certamente era um bom sinal, concluiu o cupido.

— Posso fazer tudo que quiser que eu faça, Hannie. Se assim desejar. — Sorriu galanteador, aproximando-se do artista vagarosamente, a passos curtos e inocentes. 

Em reflexo à isso, Han começou a dar passos para trás, só por precaução, uma vez que após o acontecimento de algumas horas atrás no provador da loja, não conseguia mais confiar em si mesmo, traído pelo próprio corpo com as tentações da carne. Sem contar que as palavras perigosamente sugestivas do outro não ajudavam em nada a sua constante manutenção do próprio autocontrole.

Tentação. 

Era apenas isso que Lino provocava em si. Apenas isso. Repetia continuamente para si mesmo como um mantra, pois qualquer outra coisa diferente disso, tornava-se complexa demais para a mente já muito ocupada do pequeno Han.

A Queda de Eros | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora