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Mais tarde, ainda naquele dia, Jisung abriu os olhos novamente, despertando naturalmente de seu sono pesado.

Abriu os braços preguiçosamente, esfregando-se todo manhoso no colchão macio de sua cama tão confortável e quentinha. Bocejou, sentindo-se completamente renovado.

Apesar de ter ido dormir tão tarde naquela madrugada, passou tanto tempo adormecido que suas energias foram recarregadas em praticamente cem por cento.

Não fazia ideia de que horas eram, mas ao virar-se de lado na cama, após se espreguiçar devidamente, a primeira imagem que teve ao olhar para as enormes janelas de vidro, que iam do chão ao teto em seu quarto, clareando confortavelmente o cômodo, fora o céu em um tom alaranjado tão magnífico, que era sempre característico do belíssimo fim de tarde em Seul.

"Espera! O quê? Fim de tarde?"

O jovem artista arregalou os olhos, desesperando-se.

Em um impulso ergueu as pernas para o alto no ar para se sentar na cama, enquanto procurava pelo seu celular, este que deveria estar bem ao seu lado, em sua mesinha de cabeceira; este que também deveria ter alarmado mais cedo, como tinha programado, pois Jisung possuía vários compromissos marcados para aquele mesmo dia, todos referentes à inauguração de sua galeria.

Enquanto corria com os olhos pelo entorno de seu quarto, em busca de seu celular, batendo com as mãos no colchão, tateando-o, uma vez que talvez o aparelho pudesse estar perdido entre os lençóis, de repente parou, atentando-se e focalizando os lumes na imagem bem incomum em sua frente.

O sofá cama estava ocupado.

Bum!

Naquele exato segundo, um flash clareou a sua mente, recordando-lhe de todos os acontecimentos daquela madrugada tão inédita.

O jovem ruivo que conhecera anteriormente estava mesmo ali, dormindo feito um anjo, em um sono pesadíssimo, sem nenhum indício de que acordaria em breve.

Han se levantou, calçando suas pantufas e voltando à missão de procurar pelo seu aparelho celular.

Procurou, procurou, procurou, mas não o encontrou.

Bufou, aflito, parando em um canto do quarto, com as mãos na cintura, ainda correndo com os olhos por todo o mezanino, intrigado.

Como era possível algo sumir assim dentro de sua própria casa?

Desceu as escadas para procurar pelos outros cômodos da casa, e também na galeria.

Nada.

Suspirou frustrado antes de subir novamente até o seu quarto no mezanino do imóvel, onde assustou-se ao encontrar uma cabeleira ruiva completamente desgrenhada acima de um rosto amassado e inchado, com os olhos ainda fechados, mas o corpo sentado.

— Cruzes! — Jisung exclamou com uma mão sobre o peito esquerdo. — Parece uma assombração. — Fez uma careta.

Lino abriu os olhos vagarosamente em meio a um bocejo preguiçoso.

— Será que alguém pode pedir para o Apolo pegar leve com essa maldita luz? — Murmurou meio grogue.

Han revirou os olhos.

— Vai começar... — Murmurou para si mesmo. — Nem tem mais tanta luz assim, Lino, nós dormimos demais.

— Hum? — O ruivo resmungou, voltando a fechar os olhos antes de se jogar novamente de costas no sofá.

— Ei! Não, não, não! — Desferiu leves tapinhas no braço alheio. — Chega de dormir! Sabe que horas são?

— Que horas são? — Murmurou novamente, desta vez com a voz abafa pelo travesseiro.

A Queda de Eros | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora