Yang Jeongin chegou bem cedo em seu trabalho naquela manhã. Saltitante e com um sorriso congelado em seu rosto, o jovem estagiário estava de muito bom humor, pois seu encontro na noite anterior havia sido incrível, e por conta disso, estava a todo gás para continuar o trabalho que faltava ser completado para a inauguração do dia seguinte.
Utilizou as chaves que Jisung havia deixado consigo, como sempre fazia, já que o artista costumava passar muito tempo em seu porão criando esculturas, e por conta disso, geralmente não era capaz de ouvir a campainha soar no andar superior, nem mesmo o celular tocando incansavelmente, devido à música que usava para concentração.
Por conta disso, o pobre Yang já havia ficado plantado do lado de fora da galeria mais vezes do que poderia contar, até que seu chefe finalmente confiasse em si o suficiente para tomar a iniciativa de fazer um molho de chaves exclusivo para si.
Assim que entrou, logo estranhou o fato de não encontrar seu chefinho por ali. Esperava encontrar Jisung já a todo gás, arrumando a galeria para a inauguração que tanto falava desde que havia conseguido conquistá-la.
— Chefinho...? — Chamou, já deixando sua bolsa sobre o sofá de couro que havia por ali, antes de se encaminhar para os fundos, em direção à cozinha, onde achava que Jisung estaria, talvez fazendo o café da manhã.
À medida que, em passos despreocupados, se aproximava mais do cômodo, seus ouvidos passaram a ouvir um som bem... característico.
Som esse que havia produzido bastante na noite anterior enquanto seus lábios engoliam os do seu affair.
Jeongin cessou os passos imediatamente, permanecendo parado no meio do corredor, com os olhos arregalados, enquanto ponderava mentalmente se deveria prosseguir ou não.
Se o seu chefe estivesse mesmo aos amassos com alguém – como tinha quase certeza que era o caso – certamente acabaria atrapalhando. E Deus sabe o quanto havia pedido para que o Han arrumasse alguém para tirar a teia de aranha da boca e também de outros lugares.
Entretanto, havia algo muito maior pesando em si. Um traço de sua personalidade que era extremamente forte e presente em seu ser.
A curiosidade.
Não conseguiu conter a enorme curiosidade que sentia em dar somente uma espiadinha inocente, para que pudesse confirmar suas suspeitas sobre quem provavelmente estaria ali com seu amigo e chefe, por isso, continuou.
E assim que que parou no batente da porta que dava para a cozinha, o que encontrou foi exatamente o que já imaginava encontrar.
Com seu dedinho indicador bem no meio da armação, ajeitou seus óculos em seu rosto, pois precisava ver com muita clareza o que estava bem diante de seus olhinhos curiosos. E então, imediatamente, Jeongin levou a mão até sua boca aberta para cobri-la.
Han Jisung estava sentado na pedra de mármore do balcão da cozinha, com Lee Minho muito bem encaixado entre suas pernas, enquanto Jisung envolvia seus braços ao redor do pescoço do ruivo, ao mesmo tempo em que ambas as cabeças se remexiam freneticamente sempre para o lado contrária à alheia.
As bocas estavam perdidas, engolidas em um mega amasso que fazia ecoar um específico barulhinho molhado pelo cômodo.
Quando a mão grande do ruivo subiu pela perna de Jisung, agarrando-se fortemente em uma de suas coxas, Jeongin percebeu que bastava. Precisava dar a privacidade que aquele momento tanto exigia.
Sorrindo sapeca, deu as costas, tomando muito cuidado com os próprios passos para que sua presença não fosse notada e aquele megaevento fosse interrompido, caso contrário, jamais seria capaz de se perdoar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Queda de Eros | Minsung
FanfictionEros, o cupido, cuja existência era proveniente do poder inestimável do amor, já não acreditava mais que tal força existisse dentro de si, uma vez que suas flechas já não surtiam mais o efeito que deveriam. Quando as madeixas douradas e cintilantes...