𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟑

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⛓︎ RAPHAEL VEIGA
No dia seguinte...

ERAM SETE DA MANHÃ QUANDO Piquerez chegou lá em casa para dar noticias sobre o que aconteceu com a polícia e a investigação. Ficamos a noite toda acordados, ele por ter ficado com os policiais resolvendo tudo e eu fiquei por estar preocupado com a Bella, que por falar nela, demorou para pegar no sono novamente depois que chegamos no meu apartamento. Ela estava apavorada, só dormiu depois que eu deitei com ela.

Piquerez veio direto da casa dela para minha casa, atendendo ao meu pedido, pois eu estava a flor da pele de nervoso e preocupação. O uruguaio não estava diferente de mim, mas nele o ódio reinava.

— Não pode ter sido ele. Como foi que ele conseguiu entrar sem disparar o alarme? — pergunto confuso e tentando entender tudo. Pois segundo Piquerez as câmeras de seguranças pegaram o Garro no prédio.

— Eu não sei, mas eu vi as filmagens, era ele. Minutos antes da Bella acordar, ele entra no prédio e sai pelos fundos poucos minutos depois de chegarmos. Não pode ser coincidência. — diz Piquerez sentado no sofá com os braços abertos.

— Sei que tem tudo para acreditarmos que foi ele, mas essa história está muito mal contada. — comento me sentando na poltrona perto dele.

— Não me interessa, eu vou acabar com a vida daquele argentino miserável. — diz Piquerez se levantando igual foguete. Acompanho ele.

— O que pensa que está fazendo? Não vai fazer nada que te comprometa, tá maluco? Quer ser preso? — digo parando bem na frente do uruguaio.

— Vou pra prisão feliz da vida depois que eu acabar com ele! — rosna cheio de ódio. — Viu como ela ficou Veiga? Você viu nos olhos dela o medo.

— Eu vi, e estou revoltado igual a você ou até mais. Mas a Bella precisa de nós agora, não podemos arrumar confusão. Deixe a polícia cuidar disso. — digo vendo ele respirar fundo pensando. — Me prometa que não vai fazer nada com o Garro. Me promete porra! — dou um grito com ele.

— Prometo! Eu prometo! — responde ele no mesmo tom de voz que eu.

— Ótimo! — digo dando tapas em seu peitoral.

Me distancio do gringo indo para a cozinha passar um café. Estava precisando, estou cansado demais. Nossa sorte é que o Abel nos deu a folga que foi adiada ontem. Mas mesmo assim, nossos dias estão sendo puxados e para piorar o calendário está cheio.

— Como a Bella ficou ontem? Ela estava bem abalada no carro. — me questiona Piquerez aparecendo no mesmo cômodo que eu.

— Péssima! — respondo de imediato, me virando para olha-lo, já com a xícara cheia em mãos. — Ela estava tremendo bastante e chorava muito, quase não dormia. Acho que ela estava tendo uma crise de ansiedade. — informo, Piquerez entristece na hora.

— Ela não merecia estar passando por isso, Veiga. O que vamos fazer a respeito? Digo, pela segurança dela. — Piquerez ia dizendo, mas é interrompido por uma presença inesperada a essas horas da manhã.

— Vocês não vão fazer nada. — diz Isabella aparecendo atrás do Piquerez. Nós dois olhamos para ela na mesma hora. — Não quero vocês metidos nisso, já me ajudaram demais.

— Me diz que você não planeja voltar a morar naquele apartamento? Por dios, rubia.

— Lógico que não! — responde de imediato. — Já estou procurando um novo apartamento. — informa.

𝐃𝐄𝐑𝐁𝐘 | Leo Mana & Raphael VeigaOnde histórias criam vida. Descubra agora