𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟖

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⛓︎ RAPHAEL VEIGA
Dia seguinte...

ONTEM EU FIZ QUESTÃO DE deixar a Isabella dentro de seu apartamento, depois de claro, olhar cada canto daquele lugar. Até mesmo debaixo das camas. Mas, ainda sim, fiquei muito preocupado em deixa-lá sozinha durante a noite. Eu não sei o que se passa na cabeça daquele mongol do ex dela, mas coisa boa não é. Enfim, Isabella por vontade própria, proibiu que o porteiro deixasse o Léo subir.

Ela estava morrendo de medo dele, deu para ver em seus olhos. Ela não estava se sentindo segura naquele ambiente, e eu queria poder tira-lá de lá e a manter segura, nem que isso significasse que ela teria que morar comigo. Mas, saímos apenas uma vez, isso seria uma invasão de privacidade tremenda.

Por isso a aconselhei que chamasse sua melhor amiga, a Camilla, para dormir lá com ela. E também pedi para ela deixar meu número salvo no disque emergência caso alguma coisa acontecesse. E assim ela fez sem sequer questionar ou ir contra.

Como eu disse, ela estava com medo de sua própria casa e praticamente me implorou para que eu ficasse com ela até sua amiga chegar. Mas isso ela nem precisava pedir, eu iria fazer de qualquer jeito.

Enfim, como foi pedido eu fiquei e fui embora quando tive certeza que as meninas ficariam bem. Hoje de manhã, antes de vir para o treino, eu liguei para saber se estava tudo bem e quem atendeu foi a Camilla. Ela me informou que estava tudo bem com elas e que a noite foi tranquila, não houve nenhum movimento estranho.

Ela também me contou que Isabella planejava trocar as fechaduras do apartamento, pois por agora, ela não tinha condições de se mudar. Concordei que essa atitude dela era o mais indicado mesmo no momento e a amiga concordou, logo depois me agradeceu e me pediu para que eu contasse o acontecido ao Piquerez. Ela sabia que a amiga não ia gostar nada disso, mas toda segurança é valida.

Confesso que não me senti nada bem em ouvir isso. Isabella não precisava do Piquerez por perto, ela já tinha a mim que era mais que o suficiente. Mas como era um pedido pessoal de sua melhor amiga, eu disse que iria falar, mesmo nada contente.

— Que cara é essa, hermano? O encontro ontem não foi bom? Ficou na mão? — o dito cujo, Piquerez, aparece ao meu lado dando batidinhas em meu ombro e fazendo suas piadinhas de duplo sentido.

— Meu encontro foi ótimo, e só não foi perfeito por causa daquele ex insuportável dela. — falo com ódio no coração, nem me dou o trabalho de olhar para o Piquerez. Concentro minha atenção toda no manguito que eu colocava em meu braço.

— Vish! Passou tanto tempo sozinho que quando arrumou alguém veio logo com "problema". — fez aspas com os seus dedos. Fuzilo o homem ao meu lado e ele gargalha achando super engraçado.

— Se eu fosse você não ficava com o sorriso tão solto assim, irmãozinho. — digo remendando o homem.

Tenho consciência de que quando ele descobrir que a mulher em que me encontrei ontem foi a própria Isabella, ele irá surtar. Por isso fiz questão de guardar segredo, apenas disse que iria sair com uma pessoa. E ele, como sempre, tentou arrancar alguma coisa de mim para descobrir quem era. Mas eu não soltei nada e nem dei detalhes sobre o assunto.

— Ué, e por que? Por um acaso eu conheço a pessoa? — perguntou o uruguaio curioso.

— Até demais. — dou uma resposta curta e seca.

𝐃𝐄𝐑𝐁𝐘 | Leo Mana & Raphael VeigaOnde histórias criam vida. Descubra agora