𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟐𝟔

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⛓︎ ISABELLA FORESTI
Uma semana depois...

FINALMENTE ESTOU EM CASA, depois de ficar dias sendo examinada, furada e colocada em aparelhos dos quais eu nem fazia ideia que existia. Não vou mentir, meu corpo ainda está se recuperando, ainda está meio dolorido em algumas partes. Mas a dor em si, era suportável.

Raphael tentou me convencer a ficar em seu apartamento, mas eu queria vir para o meu, pois fiquei surpresa por a minha irmã ter ficado quando nosso pai foi tecnicamente expulso de São Paulo pelo Raphael. Sim, eu fiquei sabendo disso, Luísa me contou tudo durante esses dias no hospital.

Pra ser bem sincera, eu fiquei achando graça, mas no fundo eu fiquei bem preocupada. Tenho que dar um jeito de controlar mais o Veiga, tem situações que ele perde totalmente a mão. Por mais que tenha sido necessário, ele podia ser banido do hospital.

Enfim, meus dias com a minha irmã estava sendo bem interessantes. Estávamos fazendo coisas que não fazíamos a muito tempo, isso estava me desbloqueando memórias maravilhosas. Luísa finalmente estava sendo ela mesma, sorrindo mais, vivendo mais, conhecendo lugares e pessoas diferentes. Era exatamente isso que eu sempre quis para ela, viver com nosso pai é tipo viver em uma prisão. Somente a bolha dele importa.

— Bella, o Piquerez está aqui, veio ver você. — chegou avisando, minha irmã.

Eu estava sentada na cama, arrumando umas bijuterias que eu tinha comprado pela Shoppe e chegou quando eu estava internada. Deixo tudo em cima da cama, para ir dar atenção ao uruguaio.

— Ué, veio sozinho? — questiono achando estranho a ausência da minha melhor amiga.

Luísa nos deixa sozinhos na sala e vai para o quarto de hospedes. Ela estava trabalhando, colocando em dia as coisas que ela deixou de fazer durante esses dias. Mas sempre de olho em mim.

— Sim, a Camila teve uma reunião. Ela virou empresária do Estevão e do Vanderlan, sabia? — perguntou ele, contando uma novidade pra mim.

— Mentira! — digo surpresa. — Ela já ganhava bem antes, agora então. A próxima milionária. — brinco, tendo como resposta as risadas do gringo.

Eu estava rindo também naquele momento, até que meus olhos passeiam pelos braços dele, percebendo algo diferente. Tatuagens, ele tinha feito novas tatuagens. Me aproximo levantando seu braço para vê-las da melhor forma.

Uma das tatuagens que mais me chamou atenção, era uma que tinha um olho bem no centro e ao redor um tipo de templo em forma de relógio. Não sei explicar, mas ficou muito bonito o desenho.

— Que lindo! É o da Camila? — pergunto me referindo ao olho desenhado no centro da tatto.

— Não, é o seu. — diz ele, com a voz suave.

Olho fixamente para ele percebendo seus olhos brilharem, igual ao jeito que ele me olhava quando ainda tínhamos um lance. Uma sensação muito estranha toma conta de mim, era vergonha e timidez. Eu continuo sem saber como reagir.

— E por que exatamente você tatuaria meu olho no seu braço? — pergunto ainda bem próxima dele.

— Porque você é o centro do meu universo, Bella. Sempre foi e sempre vai ser, não importa o que aconteça. Jamais existirá alguém que ocupe seu espaço no meu coração, você fez questão de se trancar de uma forma única. — disse o gringo, ainda com a sua voz suave. Meu corpo se arrepia inteiro.

𝐃𝐄𝐑𝐁𝐘 | Leo Mana & Raphael VeigaOnde histórias criam vida. Descubra agora