𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟓

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⛓︎ ISABELLA FORESTI
No manhã seguinte...

Sou acordada pela fresta de luz solar que invadia o quarto do uruguaio pela manhã, resmungo e me remexo na cama sentindo o vazio ao meu lado. Estranho e levanto levemente a cabeça para olhar melhor, e realmente Piquerez não estava na cama.

Volto a me deitar até que eu finalmente me sinta acordada cem por cento. Após isso, caminho lentamente para a sala de estar e no caminho sinto um cheiro delicioso de panqueca vindo da cozinha.

Sou atraída pelo cheiro e vou direto para a cozinha, encontrando o uruguaio de costas fazendo a tal das panquecas. Com cautela eu me aproximo abraçando ele por trás, Joaco sorri ao me sentir e acaricia rapidamente minhas mãos, voltando sua atenção a frigideira a sua frente.

— Pra você ter acordado a essas horas, provavelmente não trabalha hoje. — ele diz terminando de fazer a última panqueca e desligando o fogo. Franzo minhas sobrancelhas, que horas são?

— Que horas são agora? — decido perguntar ao invés de tirar minha própria dúvida olhando o celular. Até porque desde ontem que eu não mexo nele.

— Dez e meia. — responde indo levar o prato pra mesa na área gourmet, a mesma que estávamos ontem. — Perdeu trabalho? — pergunta preocupado.

— Não, na verdade estou estranhando porque faz tempo que eu não durmo esse tanto direto. — respondo sorrindo fraco.

— Que bom que eu ajudei nesse sentido então. — argumenta ajeitando algumas coisas na mesa. — Agora, pra eu ficar muito orgulhoso de mim mesmo e ganhar o dia. Só falta você sentar e comer.

— Eu me arrependeria amargamente se não experimentasse sua comida. — brinco, ouço ele dá uma risada sincera.

— Por favor madame. — diz puxando uma cadeira para que eu me sente e eu rapidamente me sento.

Vejo ele puxar uma outra cadeira ao meu lado e se sentar, começamos a nos servir e aquilo estava divino. Nunca tinha comido uma panqueca tão bem feita na minha vida, nem fora do Brasil.

Me delicio naquele momento fazendo caras e bocas. Piquerez fica me observando naquele momento e rindo satisfeito por eu ter gostado de sua comida.

Após terminarmos de comer, Piquerez foi tomar banho pois tinha treino na parte da tarde. Enquanto isso eu fiquei esperando ele terminar para que eu pudesse também tomar um banho e colocar a mesma roupa que vim ontem e ir para casa.

Ele até tentou me convencer de tomarmos banho juntos, afinal não existe mais segredos envolvendo nossos corpos, mas mesmo assim eu recusei o convite e ele aceitou de boa indo adiantar sua vida ou iria se atrasar feio.

Com os dois já prontos, ele pronto para ir pro treino e eu pronta pra ir para casa. Ele me oferece uma carona, tento convence-lo de que sabia me virar sozinha mas ele e sua teimosia insiste na carona. No final, me dou por vencida e acabo aceitando.

Como de costume, agora estávamos parados no  matinal trânsito de São Paulo, não estávamos falando nada no momento apenas aproveitando o silêncio confortante entre nós e ouvindo as músicas da playlist do Piquerez. Em muitos momentos eu percebo ele olhar seu relógio de pulso e ficar pensativo e preocupado.

— Está muito atrasado? — pergunto, ele sorri fraco e fingi estar tudo nos conformes. Mas eu sei que ele está atrasado, ele só não quer admitir.

𝐃𝐄𝐑𝐁𝐘 | Leo Mana & Raphael VeigaOnde histórias criam vida. Descubra agora