𝐃𝐄𝐑𝐁𝐘 | Leo Mana & Raphael Veiga

𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟏

⛓︎ ISABELLA FORESTI
Pós-jogo do Palmeiras...

FOI SÓ O SEGUNDO TEMPO ACABAR QUE meu celular começa apitar que nem louco na minha mão, já imagino o que seria, mas mesmo assim vou olhar e o assunto era Veiga e eu. Como eu já sabia.

Paula me leva até o vestiário e ficamos esperando os nossos acompanhantes saírem já prontos para irmos para casa. Era impressionante como até a comissão técnica ficava me olhando, mas não era um olhar julgador, mas sim olhares curiosos.

— Fica tranquila, você é só uma carne nova. Já já eles esquecem e param de olhar assim. — diz Paula na tentativa de me consolar, não funcionou nada.

— Será que eles sabem que eu sou ex de um jogador do maior rival deles? — pergunto com a voz baixa.

— Você é? De qual time? Flamengo? — me questiona Paula realmente muita interessada no assunto.

— Flamengo? Desde quando o Flamengo é rival do Palmeiras? — pergunto genuinamente perdida. Paula não soube responder. — Enfim, o time é o Corinthians. — respondo as perguntas da mulher.

— Era melhor o Flamengo. — diz ela cruzando os braços e fazendo beicinho para mim. Seguro o riso.

— Para! Olha o julgamento! — digo apontando para a mulher ainda segurando muita a minha risada.

Dito isso, Raphael Veiga finalmente sai do vestiário vestido nos uniformes do clube. Quando o homem me vê, rapidamente sorri com a cara mais descarada possível. Fico olhando para ele seria, doida para voar no pescoço dele e mata-lo de uma vez.

— Boa noite, Bella. Gostou do jogo? — perguntou ele assim que parou bem na minha frente. Eu queria muito ri da cara que ele estava fazendo, mas eu tinha que manter minha postura e ele sabia o motivo da minha cara fechada. Sabia tão bem que estava sem graça, e não conseguia me olhar fixamente.

— Achou bonito o que você fez? Agora eu estou sendo atacada pelas suas fãs e perfis de fofoca. — questiono o homem com a voz firme.

Raphael pressiona seus lábios e abaixa sua cabeça arrependido do que fez. Confesso que sinto pena dele, mas eu não esperava essa atitude dele, não estava preparada psicologicamente para isso.

Tudo bem, eu entendo que ele quis fazer uma coisa bonitinha e marcante. Até porque ele ficou muito feliz em saber que eu iria ao jogo usando sua camisa. Mas poxa, nem temos nada, não damos um beijo e faz meses que nos conhecemos e conversamos.

Fazer isso foi um tiro no escuro! Agora eu estou com as minhas redes sociais travando, um monte de gente me mandando mensagem, me xingando, me chamando de maria chuteira, de interesseira, de traidora. Entre vários outros xingamentos que eu nem vou citar aqui por ser extremamente pesado.

— Desculpa Bella, eu só queria homenagear você no jogo de hoje. Eu realmente não fiz na maldade. — se desculpa o jogador tendo a voz mansa e baixa.

Não consigo ficar brava com ele, ainda mais ele fazendo essa carinha de cachorro que caiu da mudança. Suspiro bem fundo olhando pra ele.

— Tudo bem, eu te desculpo. Mas por favor, não faça mais isso sem me avisar. Na hora eu não achei nada bonito, na verdade eu queria mesmo é te matar. — peço quase implorando para o homem na minha frente.