𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟗

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⛓︎ ISABELLA FORESTI
CONTINUAÇÃO...

ERA POR VOLTA DAS CINCO DA TARDE quando chegamos finalmente na casa do Raphael. Ele, como sempre muito gentil, me ofereceu uma de suas roupas para que eu pudesse tomar um banho e ficar mais a vontade. Porém, eu recusei, pois não queria ficar parecendo muito folgada, ainda mais indo pela primeira vez no apartamento do jogador.

Por fim, quem acabou indo trocar de roupa foi ele, porque ele já tinha tomado banho no CT antes de vir embora, então era sem necessidade tomar outro. Quando ele já estava mais confortável, ele foi até sua cozinha e preparou dois sanduíches para nós dois e trouxe também dois copos de suco de laranja.

— Obrigada. — agradeço pegando o meu prato com o sanduíche e o meu copo de suco das mãos dele. — Deixa eu te perguntar, quantas refeições você costuma fazer durante o dia? — pergunto definitivamente muito curiosa, pois me lembro que o Léo comia MUITO durante o dia, todos os dias.

— Não costumo contar, mas umas cinco, seis vezes. — respondeu ele, se sentando ao meu lado na mesa. — Por que? Seu ex comia pouco? — pergunta e dá um gole no suco, me olhando fixamente.

— Não, ele também comia bastante. Mas eu achei que era efeito dos remédios que vocês costumam tomar, sabe?! Sou meio desligada nisso. — sorrio.

Veiga também dá risada da minha ingenuidade sobre o assunto, foi a risada mais sincera que já ouvi.

— Meio? Completamente! — diz brincando.

— Ah para! Não precisa julgar também, que maldade! — digo fazendo careta e logo depois rindo.

— Não estou julgando, longe de mim fazer isso. — diz sendo completamente sonso. — Mas vou ser legal e te explicar, os remédios que tomamos nos ajudam no desempenho físico e as refeições também. Afinal corremos por exatos 90 minutos, temos que comer pra recompensar né. — explica pacientemente.

— Realmente, já pensou desmaiar no meio da partida por fraqueza? — faço uma pergunta genuína.

— Difícil de acontecer, mas nunca impossível. — diz ele dando de ombros. — Mas por que dessa pergunta do nada? Está ficando interessada no futebol?

Eu tinha acabado de morder o sanduíche quando ele me fez essa pergunta. Peço para que ele espere eu terminar de mastigar pra que eu consiga responder.

— Não! Foi só curiosidade mesmo.

Após responde-lo, Raphael fica um pouco pensativo sobre alguma coisa e passa uns minutos me olhando. Eu já sou curiosa de nascença e ele ainda faz isso. Eu queria muito saber o que ele estava pensando, mas não foi preciso perguntar, pois ele mesmo disse.

— Me diz uma coisa, você tem um time? Sei lá, que você torce ou acompanha fielmente. — pergunta e fica esperando minha resposta. Fico pensando por um tempo, e não, eu não tinha um time.

— Tenho não, por que?

— Aceita ir em um jogo do Palmeiras usando uma camisa minha? — pergunta e eu quase me engasgo com um suco. Olho pra ele totalmente surpresa, esperando que o mesmo fosse dizer: "É brincadeira".

Mas ele realmente estava aguardando uma resposta sincera minha. Tipo, ele queria mesmo que eu fosse em um jogo com uma camisa escrito o nome dele!

𝐃𝐄𝐑𝐁𝐘 | Leo Mana & Raphael VeigaOnde histórias criam vida. Descubra agora