𝐃𝐄𝐑𝐁𝐘 | Leo Mana & Raphael Veiga

𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟔

⛓︎ ISABELLA FORESTI
Uma semana depois...

Uma semana se passou e faz exatamente uma semana que eu fujo de qualquer lugar ou acontecimento que me faça trombar com qualquer tipo de jogador de qualquer time, principalmente os jogadores do Palmeiras.

E não vou mentir, está sendo uma tarefa extremamente difícil pois o Piquerez não para de me enviar mensagem perguntando o que aconteceu ou se ele fez alguma coisa que me deixou irritada o suficiente pra eu me afastar no completo nada.

Ele liga todos os dias a noite e como eu não atendo ele envia mensagem perguntando como foi meu dia, se eu preciso de alguma coisa, se eu estou bem ou se eu posso perdoar ele sendo que ele não me fez nada.

Eu só não quero...eu não consigo ter algo com ele, não consigo olha-lo sem lembrar do que fizemos. Piquerez é um homem incrível e não tenho duvidas de que seria um excelente namorado, mas não posso negar que ainda me culpo muito pelo o que aconteceu. Por um erro meu minha vida se tornou uma grande bagunça e isso está me deixando perdida. Eu não sei como resolver isso.

— Olha sinceramente, ou você atende esse telefone e aceita conversar com ele ou eu mesma resolvo esse seu problema do meu jeito! — diz Camila muito brava e incomodada com o fato do aparelho está tocando pela décima vez só essa noite.

— Ele só está preocupado comigo, Camila. — respondo sem ânimo nenhum enquanto estou jogada no meu sofá agarrada a uma almofada.

— Motivo ele tem! — diz a morena cruzando os braços. — Amiga, fala logo com ele. Está nítido que ignora-lo não vai adiantar, ele não vai desistir. — argumenta esticando o celular que toca novamente revelando o nome do uruguaio na tela. — Atende!

Bufo me dando por vencida e pegando o celular da mão da morena. Me sento no sofá respirando fundo e ela toda ansiosa se senta ao meu lado grudando seu ouvido no aparelho quando eu finalmente atendo a ligação.

— Alô? — minha voz sai falha e nada firme.

Posso ouvir a respiração profunda do Piquerez do outro lado, acho que ele não esperava que eu fosse atender.

— Rubia? Dios mio, o que foi que aconteceu? Por que você sumiu desse jeito? Eu fiz alguma coisa? — ele fez diversas perguntas ao mesmo tempo de tão desesperado por uma explicação.

— Calma, Joaquín! Desse jeito você vai infartar! — tento acalma-lo mesmo sabendo que será difícil.

— É, eu estou prestes a ter um infarto mesmo! — diz começando a ficar bravo comigo. — Você tem noção que faz uma semana que eu tento falar com você e nada? Você simplesmente sumiu, Isabella. Sinceramente, que tipo de merda passa pela sua cabeça? — com a respiração ofegante ele tenta se acalmar. E eu fico calada esperando o momento em que ele iria me deixar explicar meus motivos.

— Me desculpa, Joaquín. De verdade. — peço com a voz mansa de quem sabe que está no erro. — É que eu...— travo, mas respiro fundo e tento novamente. — Eu só não consigo dar o que você de mim agora.

— Não consegue dar o que eu quero? — ele pergunta tentando entender o que eu queria dizer. Depois ri incrédulo do que tinha escutado. — Me ignorou durante uma semana inteira porque não consegue ter algo comigo? É isso?

O uruguaio fica aguardando minha resposta e minha vontade nessa hora era de desligar o telefone e voltar a fingir que eu não existo. Mas quando eu olho para o lado, minha melhor amiga me incentivava a dar continuidade ao assunto, a acabar logo com isso.