𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟑𝟎

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⛓︎ ISABELLA FORESTI
Reunião de família.

CHEGOU O GRANDE DIA, o dia em que eu vou finalmente conhecer os familiares do Raphael. Confesso que estou com os nervos a flor da pele, estou tão ansiosa que mal dormi essa noite, somente pensando no que pode ou não acontecer. Será que eles vão gostar de mim? Será que eles sequer leram alguma das notícias que saíram de mim e do Leonardo?

Ok, chega de pensar nisso, ou eu vou enlouquecer e ter um infarto antes mesmo de chegar na casa dos pais do Veiga. Só espero que eles gostem de mim e dê tudo certo nesse almoço, pois não vou saber o que fazer se algo der errado e não quero causar discórdia numa família que nem sequer entrei ainda.

— Você vai acabar tendo um treco antes desse almoço, Isabella. Dá pra parar de roer suas unhas? Daqui a pouco tá sem os dedos! — disse Camila, dando um tapa na mão que estava na minha boca, tirando ela.

— Eu estou muito nervosa, Camila. — digo começando a caminhar de um lado para o outro, chacoalhando minhas mãos. — E se eles não gostarem de mim? O que eu faço?

Sim, eu sei.

Eu disse que não iria mais pensar nesse assunto mas é inevitável. Só consigo pensar nisso, só passa isso pelos meus pensamentos.

— Você e sua mania de sofrer antecipado. — respondeu a morena. — A família dele é reservada, mas eles aparentam ser boas pessoas. Tente pensar positivo.

— Estou tentando, eu juro! Só que eu simplesmente não consigo! — exclamo ainda mais nervosa.

Vou que nem foguete para a minha cozinha para beber um copo de água e tentar respirar um pouco, quem sabe eu não consiga me acalmar. Aproveito para olhar o horário no relógio pendurado na cozinha e ele marcava exatamente 11:45 da manhã. Raphael iria passar para me buscar logo após o treino, na parte da tarde, por volta das 13:20.

Eram quase meio dia e eu não tinha decidido nem a roupa que eu iria vestir. Tava perdendo tempo tendo paranoias e quase morrendo por culpa da minha maldita ansiedade.

— Pronto, estou mais tranquila agora. — sussurro falando comigo mesma.

Passo uma água no copo que eu usei, colocando o mesmo no escorredor. Passo direto pela sala indo para o meu quarto decidir finalmente a roupa que eu iria usar hoje.

Como de costume, fico horas parada pensando no que usar. Depois visto várias peças de roupas, uma atrás da outra, para ver qual ficaria melhor e quando já eram quase uma da tarde, eu finalmente escolho um vestido laranja com a saia dele rodada.

As costas do vestido era aberta, ele era curtinho e era de alças finas. A roupa combinava com o calor monstruoso que fazia em São Paulo nesses últimos dias. Para completar o look, nos pés eu calço uma sandália dourada com alguns brilhos, uma bolsa do mesmo tom e o cabelo solto com ondas feitas nas pontas para dar volume.

Por último passo perfume e ponho algumas bijuterias, mas não tanto, pois a bolsa e a sandália já estavam chamando bastante atenção. A maquiagem também foi leve, sem muitas informações, até porque a ocasião é importante mas o horário e o local não permitiam que eu usava uma coisa muito chamativa. Não tinha necessidade disso.

— Ei, o porteiro ligou, o Raphael já está lá embaixo esperando por você. — informou Camila, aparecendo na porta do quarto.

— Mas já? — pergunto surpresa pelo adiantamento no homem. — Tudo bem, eu já estou pronta mesmo. Vou descendo.

Me levanto da minha penteadeira ajeitando meu vestido atrás e na frente, dou uma passada de mão em meu cabelo e antes de sair do quarto lembro-me do meu celular.

𝐃𝐄𝐑𝐁𝐘 | Leo Mana & Raphael VeigaOnde histórias criam vida. Descubra agora