𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟐𝟓

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⛓︎ RAPHAEL VEIGA
Naquele mesmo dia (madrugada)...

E ENFIM POUSAMOS EM SÃO PAULO, após sermos derrotados pelo Flamengo por 2x0 em pleno Maracanã. Ainda tínhamos esperanças de mudar o rumo da história em nossa casa, no Allianz Parque. Porém, agora a única coisa que eu desejava era um belo descanso merecido, pois meu corpo estava acabado. Como se um caminhão tivesse passado por cima de mim com tudo.

Subimos no ônibus e estávamos indo em direção ao CT quando eu acabei sendo vencido pelo cansaço e apaguei na poltrona. Não só eu, como vários dos meus companheiros de equipe. A estrada de madrugada estava tão calma e silenciosa, isso era uma novidade, ainda mais em São Paulo.

Durante meu cochilo tive um sonho com a Isabella, ela estava linda como sempre e em seu rosto existia o sorriso mais lindo do mundo. No sonho estava somente nós dois quando apareceu duas crianças, um casal e aparentava ter a mesma idade.

Ambas crianças vieram correndo em nossa direção, sorridentes e brincalhonas. Apesar da idade ser a mesma, a aparência deles eram opostas. O menino tinha cabelo loiro e cacheado. Já a menina tinha o cabelo liso e bem escuro. Sem contar os olhos claros.

As crianças nos abraçaram fortes, as gargalhadas delas junto de Isabella tomou conta do ambiente em que estávamos no sonho. Até que a menina, que até então estava em meus braços, olhou para mim e disse a seguinte frase:

"— Seu sonho irá se realizar, papai. Ela vai voltar e nós também."

Após isso acordo no susto com o Piquerez me chamando. Já tínhamos chego no CT, o ônibus já tinha estacionado e estavam todos descendo com as suas coisas. Coço meus olhos rapidamente.

Com toda preguiça do mundo me levanto da poltrona, minhas coisas e desço do ônibus. Estava tão cansado que pensava em seriamente dormir no CT mesmo, amanhã eu iria embora logo cedo.

— Ei, meu amigo Fábio virá me buscar. Quer uma carona? Te deixamos em casa. — disse Piquerez, após se colocar ao meu lado e oferecer carona.

— Vou aceitar. Estou sem condições de dirigir. — o respondo ainda com a voz muito sonolenta.

Dito isso, caminhamos até a porta de trás do CT, não demorou muito o carro do Fábio virou a esquina. Já no caminho de casa, eu olhava a rua pela janela e só conseguia pensar naquele sonho que eu tive.

Principalmente no que a menininha disse pra mim. Será que a Isabella estava grávida de gêmeos? Ou eu só estou me torturando demais com esse assunto?

São tantas perguntas sem respostas que eu estou prestes a enlouquecer. A única coisa que eu espero é que aquela menina esteja certa e que a Bella realmente acorde. Ela precisa acordar.

Enfim, chego no meu prédio. Agradeço a carona aos rapazes, pego minhas coisas novamente e saio do veículo. O porteiro me reconhece e permite minha entrada. Dou uma olhada no relógio e já eram por volta das 04:20 da manhã.

Não perco tempo em subir logo, tomar um banho e me deitar. Estava com tanto sono, que me perguntava se iria conseguir acordar a tempo de ir visitar a Bella na manhã seguinte. Já que fiquei tantas horas longe de São Paulo e longe dela.

•••

⛓︎ LUÍSA FORESTI
Algumas horas depois (08:45AM)...

𝐃𝐄𝐑𝐁𝐘 | Leo Mana & Raphael VeigaOnde histórias criam vida. Descubra agora