𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟐𝟗

616 59 14
                                    

⛓︎ RODRIGO GARRO
Dia seguinte...

ESTOU DESDE ONTEM lutando com todas as minhas forças para não voltar a enviar mensagens para aquela patricinha que se acha muito esperta. Luísa me ignorou completamente ontem, depois de ter me dado aquela respostinha ignorante. Quem essa pirralha pensa que é para me responder assim?

Mas não vou mentir, esse jeitinho dela que me acha atenção. É incrível como homem se interessa dez vezes mais quando a garota se faz de difícil, sinto um ódio tremendo de mim por conta disso. Agora eu me senti desafiado e só vou parar quando conseguir.

— Ainda pensando nela, meu amigo? — perguntou o Léo, me tirando totalmente dos meus pensamentos.

— E quem disse pra você que eu estou pensando em alguém? Estou pensando no próximo jogo, nossa temporada está um caos. — menti, eu estava sim pensando naquela garota. Mas ninguém, além de mim, precisa ficar sabendo disso.

— Relaxa cara, vai dar tudo certo. — disse ele, dando tapas leves no meu ombro como consolo.

— Depois que a Luana te largou, você está tão sentimental. Não estou te reconhecendo mais. — falo rindo logo em seguida. Léo revira os olhos.

— O que me fez mudar não foi a Luana, foi a Isabella. Depois daquele rolo todo com o processo, eu me dei conta das coisas que andei fazendo. — desabafou, com a sua voz mansa e baixa.

Finalmente se deu conta das merdas que fez.

— Que bom né, porque eu estava prestes a te meter a porrada de tão pau no cu que você estava sendo. — o respondo e agora quem dá risadas é ele. — Já falou com ela depois que ela acordou do coma?

— Não, só falei com o Raphael e só sei que ela está bem. Está se recuperando bem fora do hospital. Mas o cara não me deixa chegar perto dela. — contou bufando, enquanto brinca com a bola nos pés.

— Relaxa cara, vai dar certo. — repito sua fala e o gesto das batidinhas em seu ombro.

Dito isso, focamos totalmente nossa atenção no treino passado pela equipe técnica. Era o mesmo treino de sempre, só mudamos algumas coisas nas posições de alguns jogadores para ver se agora, pelo menos uma vitória vinha.

Quando o treino terminou, eu me lembrei que eu tinha que passar no mercado para comprar umas coisas que estão faltando em casa. Então trato de ir para o vestiário, tomar um banho e trocar de roupa. Indo dar uma passada no mercado no caminho de casa. Porém na estrada, meu telefone começou a tocar, só que eu não atendi, desliguei e não vi quem estava me ligando.

Já no mercado, com o carrinho cheio de coisas, o meu celular volta a tocar. Mas fui reconhecido por algumas pessoas e preferi dar prioridade para eles ignorando novamente o aparelho tocando. Depois disso o celular não tocou mais e eu também esqueci desse pequeno detalhe, só me lembrei quando eu já estava em casa, relaxando após mais um dia de treino cansativo. Era a Luísa me ligando.

Retorno a ligação, em poucos toques ela atende:

— Se arrependeu ou já está sentindo saudades? — pergunto assim que a garota atende, debochando.

— Não estou com paciência para palhaçadas, Rodrigo. — disse ela esbravejando. Gosto quando ela me chama assim, pelo nome. — Liguei porque preciso de ajuda. Pelo jeito você sabe lidar com a tecnologia tanto quanto eu. — ela ia dizendo, e eu pude perceber o som de carros no fundo.

𝐃𝐄𝐑𝐁𝐘 | Leo Mana & Raphael VeigaOnde histórias criam vida. Descubra agora