𝐃𝐄𝐑𝐁𝐘 | Leo Mana & Raphael Veiga

𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟎

⛓︎ JOAQUÍN PIQUEREZ
Dia seguinte (manhã)...

ACORDO COM UMA DOR DE CABEÇA HORRÍVEL, me coloco sentado na cama com as mãos na cabeça e gemendo de dor. Até a luz do sol está me incomodando. E o pior de tudo, eu não me lembro de absolutamente nada da noite anterior.

A única coisa que eu me lembro foi de ter discutido com a Camila e depois ter ficado tão frustrado ao ponto de ir para o primeiro bar que eu vi e encher a cara com bebidas de marcas duvidosas.

Eu me lembro como eu vim pra casa, mas pelo menos me lembrei de tirar os sapatos antes de deitar. Enfim, me levanto na força do ódio indo para o banheiro pra fazer xixi, pois estava muito apertado. Após me aliviar, tira minha roupa e tomo um banho gelado para relaxar os músculos.

Dito isso, penso eu que estou sozinho em casa e não me importo em andar somente de cueca dentro da minha própria casa. Mas tenho uma surpresa tremenda quando chego na sala e vejo uma mulher loira dormindo no meu sofá, toda encolhida por conta na brisa fria que invadia o ambiente.

Não reconheço a pessoa por ela estar deitada de costas, me aproximo com passos cautelosos e olho bem para o rosto da mulher. Era a Isabella, ela estava dormindo como um anjo no meu sofá e no frio que aquele apartamento fazia essas horas.

Tento mexer com ela para pega-lá no colo e leva-lá para cama, onde ela iria ficar mais confortável e quente. Mas enquanto eu tentava, ela acorda resmungando. Rapidamente me afasto na esperança que ela volte a dormir, mas ela abre os olhos de vez.

— Bom dia, rubia. — digo vendo ela se sentar no sofá. — Por que dormiu no sofá e não na cama?

— Porque não era pra eu ter dormido aqui, era pra eu ter ido pra casa. Mas fiquei preocupada com você e acabei adormecendo no sofá. — explica coçando os olhos e bocejando. Sorrio ao saber disso.

— De qualquer jeito, você podia ter ido para cama. Você está gelada e tava toda encolhida de frio, rubia. — falo, e ela toca em si mesma para sentir sua temperatura, percebendo realmente estar gelada.

— Esquece isso. — diz ainda com a voz sonolenta. — Me diz, como você está? Pela forma que eu te achei ontem, provavelmente deve estar com uma ressaca horrível. — se levanta ficando em pé ao meu lado.

— Me achou? — pergunto confuso.

— Sim, você me ligou ontem completamente bêbado. — diz rindo, achando graça. — Te encontrei andando sozinho na praça aqui do quarteirão. — ela tenta segurar a risada, chega até a disfarçar.

— Puts, estraguei seu encontro romântico com o Veiga. Peço perdão. — falo com humor, vendo ela revirar os olhos para mim. Dou risada.

— Como você é piadista, Piquerez. — diz sem humor.

Nessa hora, eu olho para mim mesmo e percebo que não vesti um short. Eu ainda estava de cueca, e ela nem se importou ou ainda não percebeu.

— Deixa eu vestir uma roupa decente. Eu não sabia que estava acompanhado. — vou caminhando de volta para o quarto em passos lentos. Até que...

— Por que? Está com vergonha de mim? — perguntou Isabella cruzando seus braços e me olhando com uma de suas sobrancelhas arqueada.