Enzo
Eu tinha coisas a dizer sobre o Rio de Janeiro, as pessoas eram ótimas, uma energia incrível e a boate que escolhi vir também tinha isso, mas as músicas…porra, ferem meus ouvidos. Não pequisei antes de vir, tocava de tudo, pop, country…ou algo parecido. Me aproximei do mezanino e olhei para baixo, eles também estavam muito animados. Bebi um pouco do whisky e depois me virei de costas para a grade
A mulher que conheci a pouco mais de meia hora estava sentada no sofá, pernas cruzadas e um vestido curto preto que a deixava gostosa pra caralho, cabelos longos cacheados pretos, e a pele bronzeada, com um certo brilho. Ok, eu nem lembrava mais quem era Rubi.
Me aproximei dela e sentei ao seu lado passando a mão pelo encosto do sofá e ela se virou pra mim, me lançando um sorriso, os lábios volumosos me fizeram descer os olhos para eles. Levei minha mãe até sua nuca enfiando os dedos por dentro dos cabelos e voltei a olhar sua boca, ela umedeceu os lábios e eu lhe dei um beijo, mordiscando seu lábio antes de me afastar.
— Você quer alguma coisa?—Indaguei.
— Eu quero sair daqui com você— Disse eu passei a mão pela barba— Mas eu aceito um blue Martine— Concordei e levantei do sofá.
Fui até bar e fiz o pedido dela. Me virei rapidamente pra olhar a deusa que estava me esperando, certeza que teríamos uma noite quente. Peguei nossos drinks e caminhei, parando em sua frente, parei com o copo ainda no ar, eu já tinha esquecido essa mulher e ela aparece aqui. Entrei o copo pra Fernanda e me joguei no sofá.
— Obrigado— Dei um sorriso pequeno e mantive a atenção nela.
Tinha uma outra mulher com ela, acho que as duas trabalham juntas. Eu precisei ter muito sangue frio quando vi atrás delas duas, o filho da puta que eu queria dar um tiro na cabeça. Rubi riu para ele quando o mesmo disse algo em seu ouvido. Eu pensei que ela fosse mais esperta, mas aceitou sair com ele, eles se conhecem a quanto tempo? Uma semana? Vai tomar no cu. Me ajeitei no sofá e olhei para Fernanda que estava focada em seu drink.
Fiquei um pouco desnorteado com esse encontro, se fosse só ela, eu nem ligaria. Mas ela estava literalmente indo pra cima do cara que a vendeu por dois milhões, e se ele planejasse entregar ela de bandeja hoje?
— Cazzo!— Murmurei
— Oi?
— Fernanda, eu te ligo, ok?
— Não íamos sair?—Indagou e eu umedeci os lábios.
— Não tô no clima, eu te ligo ok?—Ela ponderou e concordou me dando um sorriso sem graça antes de levantar e sair.
Preferia ficar longe, e foi o que eu fiz, me sentei perto do bar, de forma que conseguisse ver eles. Pedi mais uma bebida e fiquei observando, ele sabia o que estava fazendo, conseguiu a confiança dela, como fez com a Flora, pelo o menos, eu estava aqui pra impedir que fizesse alguma coisa.
Tirei o celular do bolso e fingi falar com alguém e tirei algumas fotos deles, enviei para o meu tio e mandei um texto explicando a situação, não havia necessidade dele vir pra cá, eu dava conta desse playboy, acabaria com ele quando tivesse a chance. Só queria que eles soubessem onde eu estava. Num certo momento, a amiga dela saiu e os dois ficaram sozinhos e foi nessa hora que eu quis matar ele, matar na frente de todo mundo…
— Se controla porra— Falei para mim mesmo.
Os dois deram um beijo, porra, ela nem sabia o que ele havia feito. Um beijo que demorou uns dois minutos para acabar e eu não gostei nem um pouco quando ele desceu as mãos e apertou a bunda dela, e ela, ao invés de impedir, ela abraçou ele pelo pescoço aprofundando o beijo. Passei as mãos pelos cabelos e olhei para baixo tentando me controlar. Ela também era burra, por quê estava beijando ele? Mal se conheciam e ela já estava assim. Tentei não me afetar pelo beijo deles, que graças a Deus foi o único e não fui obrigado a ver eles se beijando varias vezes.
RUBI
— Estou nervosa— Falei enquanto retocava meu batom em frente ao espelho
— Por que?—Indagou Bia.
— Tem bastante tempo que eu não transo, e quero ficar com o Rodrigo.
— Ele tem vibe de pau fino ta—Eu gargalhei e me afastei olhando meu vestido no espelho.
— Para Bia— Falei.
Minha amiga deu de ombros e voltou a passar seu batom, eu aproveitei para fazer xixi. Rodrigo foi muito respeitoso comigo enquanto estávamos aqui na boate, tivemos um papo muito gostoso e um beijo melhor ainda. Eu quero ficar com ele, não vejo problemas nisso.
— Então eu vou para casa sozinha?—Mordi o lábio olhando através do espelho.
—Tem problema?
— Não, eu volto de Uber, e aí amanhã a gente se vê—Disse e eu concordei.
Ela realmente não bateu com ele, apesar do mesmo ter se esforçando muito.
— Obrigada— Sorri— Prometo chegar cedinho pra levar a Maria na escola.
—Tudo bem.
Nós duas saímos do banheiro e como eu sabia que ela iria embora, já nos despedimos e eu esperei que ela saísse do camarote e voltei para perto de Rodrigo que me lançou um sorriso fofo. Ele tinha covinhas, e eu adorava isso.
— Pedi pra você— Ergui as sobrancelhas e peguei o copo encima do balcão, era bonito, rosa e verde.
Ele bebeu também um parecido e eu me sentei perto dele.
— Quando sairmos daqui, posso te levar pra minha casa, eu moro aqui perto—Disse e eu mordi o lábio.
Fazia tempo que eu não ficava com nenhum homem, eu queria ficar com ele, meu cérebro me dizia que sim. Mas o meu corpo não tava reagindo, talvez depois quando estivéssemos a sós eu sentisse mais vontade. Rodrigo se inclinou e me deu um beijo sorrindo contra meus lábios.
— Você é muito gostosa — Mordi o lábio inferior dele e me afastei colocando o copo na mesa.
— Vamos?—Fiquei de pé e sorri estendendo a mão.
— Vamos— Ele só foi pagar a conta e depois veio para perto me dando mais um beijo.
Eu gemi e lhe empurrei abrindo um sorriso.
— Quantos copos eu bebi?—Franzi a festa.
— Uma três…três e meio— Passou a mão pela minha cintura e eu concordei, deixando que me guiasse para fora do camarote.
Ele me ajudou a descer as escadas e me ajudou na multidão de pessoas saindo para fora da boate e me levando até seu carro. Encostei no carro e levei a mão até a cabeça fechando os olhos.
— Eu não tô bem…
Apertei os olhos e olhei para o lados, o carro dele estava longe da entrada e não haviam tantas pessoas.
— Vou te deixar bem essa noite— Ele abriu a porta e eu segurei na maçaneta da porta de trás.
Caralho!
— Vem?—Me estendeu a mão e eu lhe encarei piscando um par de vezes enxergando com dificuldade.
— Eu acho melhor ir embora, não tô legal.
Voltei a olhar para baixo encarando meus sapatos e apertei os olhos.
— Entra no carro— Ele agarrou meu pulso e me arrastou para dentro do carro batendo a porta em seguida.
— Burra…—Murmurei.
Levei a mão até a maçaneta e puxei saindo com carro. Ouvi ele gritar, mas ignorei e corri, sem saber exatamente para onde. Mal enxergava o que estava na minha frente, eu só corri.
....🥹....
Ela bem que disse que tinha dedo podre...
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Sob O Poder Da Máfia - Livro 3 série "Cosa Nostra"
Lãng mạn🔞🔞 Eu poderia ter ela por bem ou por mal" "Ele era tudo que eu abominava" "Eu preferi mentir" "Preferi acreditar em tudo, mesmo sabendo que era mentira" "Eu sabia que a perderia quando ela soubesse o que eu era" "Eu não quero perder ele" "Eu...