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Eu poderia ter ela por bem ou por mal"
"Ele era tudo que eu abominava"
"Eu preferi mentir"
"Preferi acreditar em tudo, mesmo sabendo que era mentira"
"Eu sabia que a perderia quando ela soubesse o que eu era"
"Eu não quero perder ele"
"Eu...
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Entrei na frente da minha esposa quando a arma disparou bem do lado dela, quase a acertando de raspão e o tiro foi no chão. O meu pai deu um golpe nele, fazendo a arma cair longe e em seguida lhe acertou um soco que o fez cair no chão. Os soldados dentro da sala logo foram até ele, eu me virei pra ela que me encarava assustada.
— Tudo bem?—Meu pai indagou pra ela que passou a mão pelos cabelos — Tira ela daqui…é melhor.
Eu assenti e segurei a mão dela que estava fria e a guiei para fora da sala, já sabia o que aconteceria a partir de agora e minha esposa grávida não precisava ver isso. Kenji seria torturado não só pela Cosa Nostra, mas também pela Yakuza. Ajudei-a a subir as escadas que davam para o segundo andar e entramos num dos quartos, tranquei a porta em esperei ela caminhar até o sofá pequeno do quarto e se sentar.
— Ele ia atirar?—Levou a mão até a barriga e alisou, eu me aproximei dela e me ajoelhei na sua frente começando a abrir sua sandália.
— Está tudo bem— Falei—O meu pai foi agiu.
Ela concordou com um aceno e se ajeitou no sofá, eu me sentei do seu lado e toquei a barriga grandinha, ainda não tive tempo pra aproveitar da melhor forma a gravidez, acompanhar de perto. Enquanto Rubi esteve em Palermo eu quase não tive tempo de ficar com ela.
— Me assustei—Ela murmurou fechando os olhos e soltando o ar pela boca com batom que deixava muito saborosa.
— Relaxa agora— Levei as mãos até seu pezinho que estava levemente inchado com a marca da sandália e coloquei encima do meu colo começando a massagear, ela soltou um gemido de alívio.
— Eu achei que grávidas só ficavam com os pés inchados no final— Murmurrei.
— Eu tô tendo tudo com antecedência, nada tá sendo mediano, olha os enjoos— Fechei os olhos soltando mais gemidos quando subi a mão pelos dedos, os apertando.
—Amanha Bia e Maria vem ficar aqui na cidade com você— Ela voltou a abrir os olhos e sorriu pequeno.
Voltei minha atenção para a massagem nos pés sentindo ela relaxar mais ainda no sofá. O Kenji provavelmente seria morto, eu não sei como a Yakuza vai reagir depois, se vão enviar um novo representante ou vão apenas deixar essa questão de lado, prefiro a segunda opção, seria ótimo não ter que aturar eles nunca mals.
— Amo você— Sai dos meus pensamentos e parei por alguns segundos olhando pra ela, eu ri enquanto fazia a massagem nos pés.
— Eu também te amo— Falei passando a massagem para o outro pé.
Quando voltássemos para a nossa casa, eu não acho que seja o melhor lugar pra ter uma família, apesar da casa ser muito grande, ela não foi feita para crianças, imagino que até para a Maria deve ser ruim, estou pensando em comprar uma casa mais perto dos meus pais e meus tios.
