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Eu poderia ter ela por bem ou por mal"
"Ele era tudo que eu abominava"
"Eu preferi mentir"
"Preferi acreditar em tudo, mesmo sabendo que era mentira"
"Eu sabia que a perderia quando ela soubesse o que eu era"
"Eu não quero perder ele"
"Eu...
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Peguei a caixa branca com um escrito rosa claro na parte de cima e entrei em casa, esperava mesmo que Rubi aceitasse ir ao leilão comigo está noite. O primeiro motivo era que eu queria mostrar para todos a mulher que estava gostosa e que pretendia futuramente apresentar como minha mulher e segundo que, os eventos onde eu ia sozinho se tornavam uma tentativa de todas as meninas solteiras de tentarem algo com o Don, e eu não tenho paciência pra isso. Mas o primeiro motivo com certeza é mais importante.
Quando cheguei na sala encontrei as três mulheres que já considerava da família sentadas no chão.
— Olá— Me aproximei olhando o que a garotinha fazia, e ela me olhou.
— Oi— Para minha surpresa ela disse em italiano, era algo bem infantil e havia erros na pronúncia, mas eu entendi perfeitamente.
— Alguém está aprendendo uma língua nova— Me sentei no chão ao lado delas e passei os olhos em Rubi que sorria e alisava os cabelos da irmã.
Eu precisava resolver a porra do problema que eram os pais dela. Ambos não andaram fazendo merdas nos últimos tempos.
— A professora dela é espetacular— Rubi disse.
Me voltei para Bia, eu e Giuliano somos muito amigos, e ele meio que me contou que a chamou para sair, as coisas não foram tão bem quanto pensei que seriam. Pelo que ele me disse, tudo que ele esperava foi por água a baixo, e ele ainda recebeu um tapa na cara de presente. Coitado, mas bem feito.
— O que é isso?—A menina indagou— E presente?
Coloquei a caixa encima da mesa e balancei a cabeça em concordância.
— E pra sua irmã— Rubi arregalou os olhos e olhou a caixa— Você acha que posso leva-la pra sair comigo hoje?—Os olhinhos da menina brilharam e ela deu uma risadinha e olhou para a irmã que estava com o semblante confuso.
— Sair, pra onde?—Indagou.
— Um leilão beneficente— Ela olhou a caixa e eu estendi pra ela que aceitou e colocou sobre as pernas e abriu a caixa.
Esperava mesmo que minha mãe tivesse acertado no tamanho e no gosto dela. Rubi olhou o vestido vermelho por alguns segundos e depois o tirou da caixa, eu não tinha dúvidas de que ela ficaria linda dentro dele, e esperava que ela gostasse também.
— Que vestido lindo— A Bia falou e eu sorri, todo mundo dominando línguas novas, isso era muito bom.
— Deve ter sido tão caro— Falou passando a mão pelas pedras verdes— É muito chique?
— É da Famiglia— Dei de ombros e ela mordeu a bochecha.
— Acho melhor não ir— Disse— Não saberia me comportar num lugar desse, mas o vestido é lindo Enzo, eu agradeço.
