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Eu poderia ter ela por bem ou por mal"
"Ele era tudo que eu abominava"
"Eu preferi mentir"
"Preferi acreditar em tudo, mesmo sabendo que era mentira"
"Eu sabia que a perderia quando ela soubesse o que eu era"
"Eu não quero perder ele"
"Eu...
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Um caminhão parecia ter passado por cima de mim, e não fazia sentindo nenhum. Afinal, ontem eu dormi no quarto com a minha irmã, nem foi com o Enzo, dormimos cedo e acordamos dispostas essa manhã, talvez eu estivesse com mais algum resfriado, como o de três semanas atrás. Mas esse parecia ter vindo pra me derrubar mesmo, minha cabeça estava explodindo, além de sentir muita dor abdominal, será que eu comi algo que me fez mal?
Justamente hoje que vim dormir com o Enzo no quarto, me revirei na cama olhando buscando alguma posição onde não sentisse tanta dor, passei a mão pelo rosto sentindo o quanto eu estava suando. Me sentei na cama olhei pro lado, toquei o ombros de Enzo que tinha um sono leve e acordou na hora.
— O que foi?—Perguntou e eu passei a mão novamente no rosto agoniada.
— Eu tô sentindo dor— Reclamei— Tá muito calor…
Ele tocou minha testa e depois levantou da cama, me ajudando a fazer o mesmo. Essa simples ação fez meu corpo doer e eu reclamei de dor.
—Comi algo que me fez mal— Conclui entrando no banheiro.
Comecei a tirar minha roupa e entrei no box ligando o chuveiro, a água quente caiu em minhas costas, aliviando as dores fortes.
— Onde é a dor Rubi?—Ele perguntou, abri a boca em silêncio e fechei os olhos—Ei— Ele entrou no box e segurou meu rosto entre as mãos— Onde doi?
Apertei os olhos e levei as mãos até o lado direito superior na barriga, deitei a cabeça em seu peito.
— No fígado…não sei— Murmurrei— Mas tá doendo muito.
Eu nem consegui sair do banheiro, ele me levou e me colocou na cama, puxei uma almofada colocando embaixo da minha barriga. Abri os olhos rapidamente encontrando ele parado no meio do quarto me olhando.
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Esperei Rubi dormir de novo e sai do quarto rapidamente indo até a cozinha, revirei os armários e geladeira em busca de algo que pudesse ter feito mal pra ela. Não tinha nada, Rubi estava morando aqui a quase dois meses e nunca passou mal com nada que tenha comido. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para o médico mandando ele vir imediatamente pra cá.
Daí da cozinha e caminhei até o lado de fora de casa, me aproximei dos seguranças, o frio não me incomodou, mesmo estando apenas de bermuda.
— Alguém veio aqui hoje?— Perguntei pra um dos soldados, ele enfiou o rádio de comunicação no bolso e se aproximou.
— Aconteceu algo?
— Alguém diferente veio aqui enquanto eu não estava?
O soldado pensou por algum tempo, no meu treinamento aprendi tantas coisas e muitas delas foram meu tio Matheo que ensinou, sobre medicamentos e tudo mais. Não fazia parte, mas ele me falava as vezes. Rubi nunca passou mal aqui, não era uma intoxicação alimentar. Minha principal suspeita era de overdose com algum medicamento, ela não tomava remédios, então eu suspeitava de envenenamento.
— A senhorita Alessia, ela esteve aqui— Concordei— Ela falou com a senhora Rubi, mas foi rápido.
Balancei a cabeça concordando.
— Quero imagens das câmeras de segurança da casa— Avisei e lhe dei as costas.
O doutor chegou pela madrugada e eu o acompanhei até o quarto, me sentei na beira da cama acompanhando cada coisa que fazia, ele optou por dar um sedativo pra ela, ele mandou que trouxessem alguma equipamentos do hospital pra cá. Acompanhei tudo.
— Vou enviar essa amostra de sangue pro laboratório ainda hoje, amanhã a tarde deve ter o resultado.
— Você tem até às dez da manhã, pra me mandar o resultado— Ele ajustou os óculos e concordou.
— Tudo bem, eu não posso dar certeza de nada. Acho que era paracetamol— Franzi a testa— Algum medicamento desse tipo, foi uma sorte você ter me chamado rápido, coloquei um remédio na veia dela o que vai começar a aliviar os efeitos do remédio, ela ainda deve sentir dores no fígado, mas vai ficar fora de perigo.
— Ok, Obrigado— Levantei da cama— Da um jeito pra mim desse exame não aparecer o nome dela, eu quero que pareça que essa tentativa deu certo.
— Pra parecer que ela morreu?—Comclrdei com a cabeça— Tudo bem, consigo fazer isso.
— Ótimo, irei pagar bem!
Ele pegou a maleta encima da cama e depois eu o acompanhei até a saída. Ainda iria ver as câmeras de segurança da casa. No momento queria me certificar que ela estava bem e que se recuperaria da melhor forma.
Peguei meu celular e liguei pra minha mãe, eram três da manhã, esperava que ela me atendesse, e aconteceu. Ela me atendeu no quinto toque.
— Oi— Disse baixinho e eu me sentei no sofá— Aconteceu alguma coisa?
— Sua casa em Palermo está livre?—Indaguei.
— Sim, não vamos pra lá a tempos..
— Posso usar a casa?
— Claro, me diz quando você vai, assim eu mando arrumarm tudo…
— Eu vou hoje, mãe…não conta pra ninguém…
— Você tem um plano— Ela riu e ouvi barulho de porta— Me conta!
Passei a mão pelos cabelos e pressionei os lábios.
— Não é pra contar pro meu pai.
— Ótimo! Faço isso sempre…
— Vou levar a Rubi pra casa de Palermo…alguém tentou envenenar ela, quero garantir que vai estar segura.
— Ela tá bem?
— Agora sim, eu posso leva-la agora pra esse casa?—Ela respondeu que sim.
— Eu vou informar que você vai pra lá, vai me falando ok!
— Ok— Falei— Tchau Mãe, obrigado!
— Tchau amorzinho de mamãe— Desliguei o celular.
Iria levar Rubi pra lá ainda de madrugada e amanhã levaria Maria e Bia se elas quisessem. Assim eu fiz, fui de carro para ser o mais discreto possível, Rubi foi dormindo no banco de trás, por conta dos sedativos e quando cheguei, a levei para o quarto principal. Tudo estava organizado, só precisaria comprar comida já que aqui não tem nada.
