A caçada| 17

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Isabella Martini

"A mentira é o véu quecobre o medo, escondendoa verdade para evitaro confronto com oque realmentetememos

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"A mentira é o véu que
cobre o medo, escondendo
a verdade para evitar
o confronto com o
que realmente
tememos."
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Subo as escadas, as minhas pernas estão fracas, a minha respiração ofegante e meu pobre coração bate de maneira frenética contra o meu peitoral. Eu sabia que eu iria achar algo aqui, mas nunca imaginei o que seria revelado seria sobre mim.

Cada passo meu, o material enferrujado da escada rangia, revelando o meu trajeto, saio desse porão do subsolo e corro em direção ao meu carro que estava com a merda dos quatros pneus furados. Ele tinha planejado tudo, ele sabia que a minha curiosidade falava mais alto.

Corro em direção aos portões da minha casa que estavam trancados com cadeado, ele tinha me trancado, ele é psicopata, ele quer me torturar. Mas com portão trancado, a minha única rota de fugitiva seria a parede.

A parede parecia uma barreira imponente diante de mim, e o medo de ser alcançada por Matteo aumentava a cada segundo. Meu coração batia descontroladamente, e a adrenalina corria nas minhas veias enquanto corria em direção ao obstáculo.

Fechei os olhos por um instante e concentrei-me em pular. O vento cortante em meu rosto não conseguiu desviar meu foco. Usei toda a força que tinha para impulsionar-me para cima, mas, na pressa, não pisei corretamente na borda. Senti uma dor aguda no pé ao aterrissar do outro lado e quase tropecei. Olhei para o chão, tentando ignorar o pulsar da dor, e então me levantei com dificuldade.

O medo de Matteo ainda estava presente, mas agora, além disso, a dor no pé era uma nova preocupação. Mesmo assim, forcei um sorriso e avancei, determinada a não deixar nada me parar. Corro pelas as ruas escuras, por que eu tinha que morar tão distante de tudo?

" Simples, por que quem escolheu a casa foi seu marido psicopata".

A minha vontade de gritar é quase sufocante, mas o medo de morrer era muito maior. A adrenalina não deixa eu sentir tanta dor com tornozelo esquerdo fora do lugar. Corro para o nada, por que aqui era um nada, não tinha vizinhos, uma iluminação descente, ouço passos atrás de mim. Não era preciso olhar para saber quem era, a sua presença sombria deixava as ruas com clima nefasto.

A escuridão do céu deixava o clima ainda mais sombrio, se antes tinha pouca estrelas, agora era inexistente o céu estava está se preparando para chover. Corro, eu preciso correr, a minha mente exige que eu corro, mas o meu corpo está cansada e fraco.

O relâmpago atrevessa o céu, iluminando ele rapidamente, pingos grossos de chuva caia contra o meu corpo. Mas, nada disso me faz para de correr. Eu não sinto mais o meu stalker atrás de mim, talvez ele tenham desistido da chuva.

O meu corpo já estava dando sinais de cansaço, dores no corpo, ofegante, meu tornozelo dói cada impacto que eu pisava no chão. Mas, eu não vou parar até chegar em algum lugar seguro, só preciso ligar para o meu pai e eu estaria bem...

O escuro da noite, o tempo nublado não ajudava, a chuva não ajudava e falta de estrela, muito menos. Mas, parece que Deus atendeu meu pedido. Pois, outro relâmpago passa iluminando o céu. Mas, a imagem à minha frente faz o meu corpo se arrepiar pois relâmpago, atravessou não iluminando somente o céu, mas também o rosto do meu stalker e meu marido.

Ele caminha lentamente até a mim, com seu terno preto ensopado, ele segurava uma corda. Cada passo seu significa menos segundos de vida, olho para meu lado direito que tinha uma mata e olho para ele. Eu sabia o que fazer, corro em direção a mata.

O chão estava molhado, assim piso os meus tênis se sujam de lama, mais isso não me impende de correr. Corro sem olhar para trás, não era necessário pois a sua presença sombria deixava claro que estava aqui também no meio do mato.

Os galhos acertam o meu rosto, o meu tornozelo começa a doer, porcaria por que me enfiei nesse mato sem fim. Corro rapidamente, tento me desviar ao máximo dos empecilhos, mas parece que todo meu esforço é vão. Por que, quanto mais eu corro e desvio; parece que ele ainda continua mais perto de mim.

Eu não conseguia ver nada, a chuva caia sobre meu corpo, molhando as minhas roupas e tênis. Meu cabelo cai molhado sobre o meu rosto, meu Deus se eu não morrer assassinada eu morreria de pneumonia. Ouço galhos sendo quebrado atrás de mim, passos lascivo. Ele sabe muito bem o que queira e eu sei o que ele quer de mim...

Mas, sabe o que é você se dedicar a nada? Chegar no final e ver que todo o seu esforço foi em vão? Pois, estou precisando isso pessoalmente. Eu corri, desafiei meu próprio corpo e mente. Para chegar no final do mato e encontrar um precipício.

Eu só posso ter sido punida pelos os deuses, não tem outro motivo. Tenho duas opções eu morro pulando ou me entregando a Matteo. Viro de costas para o precipício, e encaro aqueles olhos marcantes castanhos. São, o mesmo pelo qual me apaixonei.

Sabe a dor que é para você olhar para o cara que você dividiu a sua vida por sete anos e tudo ser uma mentira? A dor é avassaladora, ela te quebra em pedaços. A minha vida foi uma mentira, o cara que eu amei e ainda amo mentiu para mim. Eu posso ter raiva das atitudes dele durante o casamento, mas isso nunca fez com que eu amasse menos.

Mas, hoje eu sei o que ele escondia. Ele é um monstro, passou sete anos me iludindo o que mais ele poderia ter feito? Eu não fazia ideia. O nosso filho, porra. O meu filho Lorenzo, eu iria morrer sem ver ele crescer.

-- Te achei, Piccola (pequena). Eu não falei para você fugir?-- a sua voz era grossa e sedutora, era assim a voz da morte?

-- Matteo, por favor faça o quiser comigo. Mas, ti scongiuro ( eu te imploro), não machuque o meu filho... O nosso filho.-- falo com medo, a voz saia rasgando da minha garganta.

-- Pensi che io sia un mostro? (você acha que sou um monstro?).-- ele fala dando passos em minha direção

" Eu tenho duas escolhas pula ou morrer na mão do homem que amo".

O meu coração bate de maneira frenética, fazendo adrenalina correr pelo o meu corpo.

-- Não, te acho um monstro... Eu só estou assustada.-- digo sentindo a chuva deslizar pelo o meu rosto.

-- Realmente, Piccola (pequena), você não deveria confiar em monstro como eu. Não, quando eu quero...-- ele fala me encarando, seus olhar era sombrio. Eu não penso duas vezes, ao me jogar de costas ao precipício, a última coisa que escuto é:

--No, piccolo mio. ( Não, minha pequena).

Mas agora já é muito tarde para se arrepender, pois o mais difícil eu já tinha feito. Pulado o precipício...


AMOR DE DUAS CARASOnde histórias criam vida. Descubra agora