Isabella Martini
"O amor constrói pontes,
mas a traição as
queima em um instante."
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.Eu odiava quando as coisas saem do meu controle, volto a trabalhar na advocacia. Não, é por que venho sendo envenenada há anos que iria deixar trabalhar. Confesso, que quando comecei a sentir tontura e enjôos achei que eu estava grávida daquele babaca que chamo de esposo.
A minha secretária entra com um sorriso, entra mesmo sem bater e segura um copo de café. Aline é uma moça muito bonita, jovem dona de cabelos cacheados pretos e um pele morena. Nunca iria suspeitar de alguem que acolhi também e ofereci as melhores condições sem esperar nada dela.
Eu trabalho também em uma ONG, que ajuda pessoas de baixa renda que não tem condições para um advogado. E Aline, era uma das pessoas que precisavam de ajuda há quatros anos atrás. Ela tem dois filhos gêmeos e um ex marido que não aceitou o fim do casamento e usava o seus filhos para ameaçar a Aline. E ela por não ter emprego e depender dele não tinha perspectiva nenhuma de sair do casamento abusivo e por cima por ser uma moça nova que se casou muito cedo com um cara agressivo e não teve a chance de completar seus estudos. Eu dei um trabalho como a minha assistente, incentivei a voltar para estudos, olhava os filhos dela quando ela tinha escola, arrumei uma bolsa de estudos para ela. Eu fiz tudo por ela e por isso não consigo imaginar ela dopando o meu café...
-- Bom dia, patroinha trouxe o seu café do jeitinho que a senhora gosta.-- Ela diz com um sorriso, mas eu não consigo imaginar que ela me odeia tanto a ponto de me envenenar.
-- Bom dia, Aline.-- me levanto da mesa, indo em direção a ela, pego o café da sua mão. -- Obrigada pelo o café.-- aceno com um sorriso gentil.
-- A minha patroinha, está bem. A senhora não veio trabalhar quase essa semana.-- ela fala, levando a mão em dos seus cachos e enrolando no dedo.
Sento no sofá do meu escritório, o mesmo é em um tom bege, bato a mão para que ela se sente ao meu lado e assim ela faz. Coloco o meu copo de café na mesa centro próxima ao sofá. Pego a mão dela e seguro com um sorriso, ela retribui com um sorriso tímido sem entender.
-- Sabe Aline, vejo você como amiga e espero que você me veje assim também.-- ela balança em concordância, o seu cabelo acompanha os movimentos de maneira suave. -- Por isso, quero que você seja a primeira a saber. Por favor, não conte a ninguém.-- falo apertando firme a sua mão, mantenho uma expressão doce em meu rosto.
-- Claro, patroinha. Seu segredo será guardado.-- ela diz me encarando ansiosa, respiro fundo e solto.
-- Eu não sei como contar isso para meu marido perfeito e para meu filho, mas eu estou grávida.-- falo, caindo em um falso choro, quem olhasse acreditaria.
-- Como assim grávida?-- ela pergunta soltando as minhas mãos, levando até a boca e seus olhos arregalaram de maneira que esboça medo e preocupação.
-- Sim, estou grávida. Mas, não sei como contar ao meu marido e meu filho Lorenzo.-- me levanto do sofá, caio ajoelhada no chão, levo as minhas mãos no meu rosto e choro fingindo um sentimento que não existia.
-- Matteo, não quer ser pai agora. Por que, ele está focado em assumir os negócios da família. E não sei como meu filho vai reagir.-- ela vem se ajoelha diante de mim, e me abraça e fala sussurrando:
-- Seu segredo vai ser guardado, mas você pode optar por abortar Bella.-- meu corpo de arrepia de uma mentira ruim, seguro os ombros dela e digo firme:
-- Eu não vou fazer isso, vou assumir o meu filho Aline. Eu só quero criar coragem e contar.
Eu ele estávamos ajoelhadas ao lado da mesa de centro, eu chorando por um assunto que nem existe e ele me encarava de uma maneira fria e pensativa. Então, ela se levanta apoiando a mão na mesa fazendo com que o copo de café caia no chão e quebre em diversos estilhaços no carpetes branco do chão.
-- Me desculpa, patroinha eu vou limpar isso.-- ela fala saindo correndo da sala, me deixando ajoelhada, pensativa e com uma pulga atrás da orelha. Me levanto soltando um suspiro e caminho até o banheiro da minha sala ajeito a minha maquiagem, nesse meio tempo ela voltou com outro copo de café e com faxineira.
-- Obrigada, Aline. Deixe o café na mesa.-- falo enquanto saio do banheiro, espero as duas saírem para pegar o copo de café, seguro entre meus dedos, caminho novamente até o banheiro e despejo o conteúdo preto dentro do vaso e dou descarga.
Mas, eu fui pega em flagra pela a Aline que observava tudo com os olhos arregalados e ela fala:
-- Por quê, você jogou fora?
Finjo uma tortura, escoro na pia do banheiro, levo uma mão na cabeça e a outra seguro o copo sem café.
-- Eu me sentir enjoada, eu bebi um pouquinho do café e meu corpo se recusou a beber o restante... Parece que esse meu filho aqui não gosta de café.-- falo tirando a mão que estava na testa e levo até a minha barriga.
-- A sim, patroinha. Pelos menos você bebeu um pouquinho, né?-- ela pergunta colando as pastas sobre a minha mesa.
-- Sim, Aline. Eu bebi a metade do café.-- falo saindo do banheiro, Aline sai da sala me deixando sozinha na sala. Ela age de maneira muita suspeita ou eu sou muito paranóica.
Saio da minha sala e caminho a sala do Mattel, abro a porta sem bater, assim que ele me ver o mesmo se apresar em esconder um envelope. Olho desconfiadas, caminho até a mesa dela, me sento na cadeira a sua frente, ela parecia um pouco nervoso mas ele me encara.
-- O que tinha no envelope?-- pergunto objetiva, ele se levanta da cadeira, vai até uma mesa cheia de bebidas e se serve com um uísque.
A sala dele eram em tons escuros, o que deixava a sala com mais masculina. A sala é enfestada pelo o seu cheiro.
-- São de um caso que estou trabalhando, o meu cliente pediu sigilo.-- ele vira a dose de uma vez, coloca o copo de volta no lugar.
-- Entendo, você deveria falar com a sua prima sobre atitude infantil dela na nossa casa e sobre dar ordens a nossa empregada.-- falo colando os pés na mesa dele, só para provocar ele.
Ele sai de perto dos móveis de bebida, vem até mim e derruba os pés da sua mesa. Ele odeia as coisas fora do lugar e uso isso como vantagem ao meu esposo. Eu odeio ele, por segredos que ele não contam, por ele se afastar de mim quando me declarei para ele, odeio ele por não querer nosso filho do início.
-- Fale você, ela é sua madrasta.-- ele fala dando a volta na mesa e se senta na sua cadeira.
-- Seu feioso, ela é sua prima... E se eu falar com ela, a mesma irá distorcer tudo para o meu papá.-- falo me levantando da cadeira, aponto o dedo na cara dele.
Mas, ele fecha os olhos para ignorar a minha presença como ele sempre fazia, quando eu tento falar com ele para resolver as coisas. Essa, atitude dele me magoou. O pior de tudo que essa atitude me afeta, mas essa atitude infantil afetou a minha versão de grávida de apenas 21 anos.
Pego os papéis da sua mesa e jogo tudo no chão, piso em cima de cada um marcando cada folha a marca do meu pé. E assim, ele não tinha aberto os olhos. Saio da sala fazendo questão de bater a porta ao sair, ele era um mesquinho.
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.Oii, aos leitores e futuros leitores...
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AMOR DE DUAS CARAS
Roman d'amourMatteo sempre odiou a família de Isabella Martini. Movido por um desejo de vingança, ele passou anos estudando cada detalhe da vida dela, transformando-se em um stalker implacável. Descobriu seus gostos, seus medos, e armou um plano meticuloso para...