Conflito Intenso| 22

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Isabella Martini

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"Entrelaçados em
um beijo, lutamos contra
o ódio e o desejo
que nos consomem."
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Ele se aproxima lentamente, e sua mão toca o lado direito do meu rosto, despertando uma onda de volúpia em meu corpo. Meus olhos seguem cada movimento seu, ansiosos. Com delicadeza, seus dedos deslizam pela minha pele até alcançar meu cabelo, que ele puxa com firmeza. Uma mistura de raiva e prazer surge em meu olhar. Enquanto isso, sua outra mão percorre suavemente a minha coluna, provocando um arrepio intenso que me faz arfar de desejo.

- Mio Dio, eu te odeio - digo, espalmando as mãos contra seu peitoral firme, tentando afastá-lo. Seus olhos, porém, escurecem com uma intensidade sombria. -Piccola... Por mais que eu tente te odiar, o desejo que sinto por você é a maldição que me mantém preso a essa obsessão.- Ele diz enquanto me pressiona com força contra a parede, capturando meus lábios em um beijo feroz. Sem pensar, entrelaço minhas pernas ao redor de sua cintura.

"Não se engane, isso faz parte da minha vingança."

Nosso beijo se torna firme e cada vez mais exigente, como se nossos corpos estivessem em uma batalha silenciosa entre o ódio e o desejo que reprimimos há tanto tempo. A forma como ele me toca, com uma precisão quase cruel, faz meu corpo ceder, revelando cada uma de minhas fraquezas. Ele conhece meu ponto fraco e explora isso com uma intensidade calculada. Sinto o calor de sua respiração em meu pescoço, e meu coração dispara. Em um esforço desesperado para manter o controle, jogo minha cabeça para trás, tentando fugir desses sentimentos que meu corpo conhece tão bem, mas que minha mente se recusa a aceitar.

Ele me segurava firme, suas mãos pressionando cada curva do meu corpo com uma possessividade quase desesperada. Caminhou até ficarmos diante do espelho e, com um gesto brusco, me colocou no chão. Minha maquiagem estava completamente borrada, e meu cabelo caía em cascatas desordenadas, dando-me um aspecto ainda mais vulnerável.

Ele se posicionou atrás de mim, sua presença dominante quase palpável, e começou a desbotuar minha roupa com uma precisão que aumentava minha exposição. Enquanto minha pele nua refletia no espelho, seus olhos, profundos e penetrantes, se fixavam no meu reflexo. A intensidade de seu olhar fazia meu corpo reagir, provocando um formigamento inquietante entre minhas pernas, que se tornava impossível ignorar.

- Olha só, Piccola, como seu corpo reage a mim, mesmo contra sua vontade. -- ao ouvir da sua voz grave o meu corpo se arrepia, ainda atrás de mim ele segura os meus seios com a sua mão firme com uma pressão que me fez grunhir de dor e prazer.

Tento me afastar de seu toque, mas ele me mantém presa pela cintura com uma força implacável. Nossos olhares se encontram pela primeira vez no espelho, carregados de uma intensidade doentia e perturbadora. Contudo, minha atenção é desviada quando sinto seus dedos deslizando e explorando minha entrada com uma precisão perturbadora.

Sinto um formigamento e, em um momento de fraqueza, fecho os olhos, buscando escapar da sensação avassaladora. No entanto, sou abruptamente trazida de volta à realidade ao ouvir sua voz, firme e autoritária:

--Piccola, quero que mantenha seus olhos bem abertos!

Abro os olhos com relutância, mas um gemido escapole quando ele penetra dois dedos em minha entrada. Jogo a cabeça para trás, mergulhada em uma mistura de prazer e resistência. À medida que seus dedos se movem dentro de mim, sua outra mão começa a explorar meu seio, pressionando e acariciando com uma intensidade que faz meu corpo tremer.

É tão longo tempo que não sou tocada dessa forma que meu corpo parece consumir-se em chamas. Seus movimentos são firmes e determinados, e os gemidos que antes eram contidos agora se tornam escandalosos, evidenciando o prazer avassalador que ele desperta em mim.

--Isso, sua cagna (puta), geme como a puta que sei que você é e goze para mim -- ele ordena, afundando cada vez mais os dedos em minha entrada.

A mão que antes acariciava meus seios agora está firme no meu cabelo, puxando-o com força. Meu corpo parece entrar em combustão, o prazer intensificando-se a cada movimento. Chego ao meu limite e gozo sobre seus dedos, entregando-me completamente ao momento.

Enquanto ele continua a puxar meu cabelo e me mantém firme pela cintura, retira os dedos da minha entrada e leva a mão aos seus lábios carnudos, lambendo-os com um prazer obsceno. Ele olha para mim e, com um sorriso satisfeito, diz:

-- Gosto do pecado diaba.

Nossos olhares se encontram, revelando um ódio mútuo e uma tensão que paira no ar. Com um movimento brusco, me afasto dele e começo a vestir minhas roupas, cada movimento um esforço consciente para manter a compostura. Olho para ele pela última vez, a expressão no rosto um misto de raiva e resignação, antes de me dirigir rapidamente para o estacionamento. Entro no carro e sigo para casa, a mente turvada pelos eventos recentes.

Ao chegar, tomo um banho quente, tentando desesperadamente acalmar minha mente e limpar as marcas do confronto. A água escorre pelo meu corpo, mas não consegue apagar a sensação de seu toque ou os ecos de suas palavras. Depois de algum tempo, ouço Matteo chegando e indo para seu quarto, o som dos seus passos ecoando pela casa. Nosso encontro é breve e silencioso, apenas o necessário para buscar Lorenzo mais tarde.

No carro, a tensão entre Matteo e eu é palpável. Ele quebra o silêncio com uma voz grave e calculada:

- Precisamos esquecer o que aconteceu hoje.

Minha resposta sai com uma frieza desconcertante:

- Nunca esperei diferente.

O desprezo é evidente em nossos olhares, refletindo o que sentimos um pelo outro. As lembranças dos beijos intensos que trocamos são agora apenas um eco distante. O que foi um momento de prazer agora se reduz a um mero desvio, sem impacto real sobre o que somos. O silêncio que se segue é um reflexo do reconhecimento de que nada pode destruir o que já está consolidado entre nós; foi apenas um momento, um beijo, sem relevância duradoura.

 O silêncio que se segue é um reflexo do reconhecimento de que nada pode destruir o que já está consolidado entre nós; foi apenas um momento, um beijo, sem relevância duradoura

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