27. cartão postal

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Você na foto toda nua
Num banho de lua
Meu cartão postal
Meu corpo deu sinal

Você na foto toda nuaNum banho de luaMeu cartão postalMeu corpo deu sinal

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Gerson. 🃏

- Pô, irmãozinho. Tu tá evoluindo muito bem, tô orgulhoso de te ver nos treinos, já já tá dando aula em campo.

- Será, GG? Pô, não vejo a hora, sabia? Ajudar vocês, dar orgulho pra torcida e realizar meu sonho também, né?

- Tá cada vez mais perto, Rugalzinho. É uma pressão do caralho, nem sempre a torcida vai estar de bem contigo, mas você é cabeça, vai levar de boa. - Fizemos um toque, enquanto o levava pra casa.

De fato via Lorran como meu irmão mais novo, talvez, por ver ele realizar o que era meu sonho na idade dele, além de sermos parecidos em diversos outros pontos fora do profissional também. Me divertia com ele, mesmo as idades não sendo tão próximas.

- Aê, viado... - Já comecei a rir só pelo tom de fofoca. - Aquele seu post pro Varela, foi sincero mesmo?

- Porra nenhuma. - Ele gargalhou. - Mas me pressionaram, tive nem escolha. E queriam que eu fizesse firula, tá? Postasse desculpas e o caralho. Fui o mais sucinto possível e fé, eu ein. Ele que falou merda não se desculpou,  vou me desculpar pra que? - Ele riu.

- Você é foda, né? Mas, concordo. Se é pra rolar desculpa, que seja dos dois lados pelo menos. - Estacionei na frente da casa dele.

- É, então. Agora tenho que ficar babando ovo desse otario ainda? Não rola. Falei o básico, mandei um "Pelo Flamengo, sempre." que não é mentira, e fim de jogo. - Saímos do carro.

- Mas certeza que ele pede, fica vendo. Nada que uma coça não resolva maluquice alheia. - Ri, balançando a cabeça negativamente, enquanto a gente entrava. - Mãe? - Soltou mais alto, já que a casa estava em silêncio. Fomos pra cozinha, que também estava vazia, enquanto ele chamava por ela de novo.

- Se eu tenho filho e ele chega se esgoelando assim, ia ouvir. Por isso que ela te xinga. - Carol veio do quintal, só de biquini e com o shorts na mão, enquanto eu a media.

- Ih, ela não tá não?

- Não, saiu. - Finalmente o olhou, me vendo em seguida e dando um sorrisinho.

- Os dois estavam sérios até agora, gente apaixonada é foda. - Revirou os olhos, segurando o riso e subindo, enquanto eu me aproximava dela.

- Sempre me recepcionando bem. - Abracei sua cintura, enquanto ela passava os braços pelo meus ombros.

- Tava sentindo que tu vinha. - Ri.

- Cara de pau. - Ela riu, me dando uma sequência de selinhos, enquanto eu tava doido pra aprofundar. Mas os passos do Lorran na escada fizeram a gente se afastar.

- Vem cá, agora que lembrei, ela foi viajar com aquele feio lá?

- Para, o Marcelo é maneiro demais. Mas sim, foi de manhã. - Colocou o short, sentando do meu lado.

CAROLINA | GERSON SANTOS Onde histórias criam vida. Descubra agora