52. meu ébano.

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Meu preto retinto, malandro distinto
Será que é instinto? Mas quando te vejo
Enfeito meu beijo, retoco o batom
A sensualidade da raça é um dom
É você, meu ébano, é tudo de bom

Meu preto retinto, malandro distintoSerá que é instinto? Mas quando te vejoEnfeito meu beijo, retoco o batomA sensualidade da raça é um domÉ você, meu ébano, é tudo de bom

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A volta nunca foi tão triste.

O Rio era lindo, não tinha do que reclamar, mas Alagoas era um absurdo, entrei no avião de luto e sigo até agora

De longe foi o melhor réveillon que já tive. Chegamos em casa quase dez da manhã, tortos que só e ao acordar, ninguém conseguia falar mais de três frases sem reclamar de algum sintoma de ressaca.

Mas só conseguia agradecer de ter pessoas tão maneiras do meu lado, e seguia explodindo de amor pela forma que entrei o ano. Era completamente apaixonada pelo cara que meu coração escolheu.

Quando voltamos, ele passou o dia seguinte todo com a Gi, que tinha voltado no mesmo dia que a gente, mas a noite, já estávamos juntos, dormindo agarradinhos, como fizemos nas últimas três semanas, já que ainda era a semana da Greice com ela.

E foi por conta disso que seguiamos no modo casadinhos, só que dessa vez, ele que estava na minha casa.

Ele passou o dia treinando, enquanto eu, passei o dia com a Bruna, atrás de tecido pras roupas e decoração da apresentação, que seria daqui dois meses.

Cheguei no fim da tarde, com a casa em silêncio, mas a bolsa em cima do sofá revelava que ele já tinha chego.

- Amor? - Soltei assim que entrei no quarto, colocando minha bolsa no guarda roupa.

- Oi, minha preta. Vem aqui pertinho da porta. - Disse de dentro do banheiro, enquanto eu me aproximava,

- Tá tudo bem?

- Tá, é só que... Você me ama independente de qualquer coisa, né?

- Depende. - Rimos. - Amo, neguinho. Mas o que rolou?

- Tô meio diferente esteticamente. Mas aê... Tem que me prometer que não vai rir.

- Claro que prometo. - Segurei o riso antes mesmo de saber no que ele tinha se metido.

- O cheiro da falsidade atravessando a porta. - Gargalhei. - Bora, promete de forma séria. - Ele abriu um pouco a porta, colocando o mindinho pra fora.

- Garoto. - Gargalhei de novo, entrelaçando o meu. - Deixa eu ver o que tu fez.

- Fazer fazer, não fiz nada. Mas também  não tive muita escolha. - Saiu, de óculos de grau. Juro que meu coração até errou as batidas.

- Que isso...

- Chegou hoje. - Se olhou no espelho. - Tô me sentindo esquisitão.

- Esquisito? Meu preto, tu tá um grande gostoso. A cara de putifero, pelo amor de Deusss. - Gargalhou. - Vem cá, vira aqui pra mim. - Ele me olhou, risonho, se aproximando. - Nossa senhora. - Coloquei a mão no peito e ele mordeu os lábios, se aproximando.

CAROLINA | GERSON SANTOS Onde histórias criam vida. Descubra agora