34. fica.

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Fica
Não vê que estão fazendo intrigas
Pra separar as nossas vidas
Eu vou te provar
Procure entender
Eu amo você

FicaNão vê que estão fazendo intrigasPra separar as nossas vidasEu vou te provarProcure entenderEu amo você

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Carol.🩰

Acordei leve levinha, com o Gerson apagado do meu lado e rindo fraco por nem lembrar que horas dormi, tamanho cansaço.

Após me vangloriar que nunca tinha levado chá, sigo levando chá desse garoto desde a primeira vez. E isso não é uma reclamação.

Fui pro banheiro, tomei um banho gelado, fiz minhas higienes e saí, colocando um vestido longo e indo pra cozinha, fazendo um café pra gente.

Assim que terminei, ouvi seus passos no quarto e entrei, vendo a porta do banheiro fechada.

- Tu tá de sacanagem que ia discutir a relação comigo vestindo isso aqui. - Abriu a porta vestindo minha camisola, que nele ficou justinha, me fazendo gargalhar alto.

- Garoto!

- Não, sério mesmo. - Virou, mostrando metade da cueca dele de fora por conta da diferença dos nossos tamanhos, mas não que em mim ficasse muito comprida também. - Ardilosa demais, queria me ver sofrer firme. - Ri.

- E você fazendo lanche só de samba  canção não foi sacanagem não, né?

- Foi a que eu trouxe pra te agradar, minha paixão. Não sabia que ia me esculachar antes. - Rimos, enquanto ele tirava, dobrando e colocando uma bermuda molinha de treino.

Me aproximei dele, segurando seu rosto e selando nossos lábios vezes seguidas.

- Bom dia, lindo.

- Bom dia, minha preta. - Cheirou meu pescoço. - Já temos que ir?

- Não, hoje é folga. Nessa e na próxima sexta não vou ter aula nem na escola, nem na CDD. Manutenção em uma, evento na outra. Tu tem alguma coisa pra fazer hoje?

- Agora... - Olhou o horário no celular. - Tô esperando tu me convidar pra passar o dia contigo. - Gargalhei.

- Vou ter que cantar Fica do Ta Na Mente?

- Olha, eu prefiro que cante sim. - Gargalhei, subindo nas costas dele, que me levou pra cozinha. - Ih, que isso... Café de manhã e tudo. Acordou calminha, né? Amorosa... O que aconteceu? - Perguntou, debochado.

- Um negocinho aí, o mesmo que aconteceu contigo aparentemente, já que acordou animado.

- Tem uma marca de chá nova aí que é boa à beça. Tomei, apaguei e acordei novo. Seu método foi esse também?  - Não sustentei, gargalhando.

Ele era impossível.

Sentamos na mesa, comendo, conversando e enquanto ele lavava a louça, eu arrumei o quarto, encontrando ele sentado no sofá da varanda, sentando do lado dele, que puxou meu pé, o massageando.

- Quietinho...

- Tava pensando na conversa de ontem. - Deu um sorrisinho. - Vem cá... - Me puxou pela mão e eu sentei no seu colo, recebendo seu beijo calmo. Assim que nos separamos ele observou meu rosto, o acariciando.

- Você falou que a próxima DR seria de camisola. - Ele gargalhou.

- Não é DR, mas... É um bom ponto de partida para o que eu quero falar. Eu quero ter outras DRs com você, pretinha. - O olhei confusa e nós rimos. - Que isso, eu sou muito ruim pra expor meus sentimentos. Eu só queria reforçar o que disse ontem sobre não querer me afastar de você, só que agora, 100% sóbrio pra ter credibilidade. Quero que você continue no meu dia a dia, na minha rotina, na minha família. Nessa de ficar e ver onde vai dar, o que deu é que tô apaixonado por você, Carol.

- Caralho, bom demais não estar sozinha nessa. - Respirei aliviada e ele gargalhou. - Eu também sou péssima em expor sentimentos, pretinho. Mas nessa de ficar e ver onde vai dar, você me ganhou de uma forma muito gostosa. Há muito tempo não me sentia entregue assim pra alguém. - Dei um sorrisinho e por minha mão estar próxima do seu peito, senti seu coração bater forte, enquanto ele acariciava meu rosto de novo. - Acho que no fim, é isso que importa, né? O que sentimos um pelo outro. De resto, vamos resolvendo.

- Exato. E pô... Vendo como as coisas estão fluindo, eu tava querendo abrir o jogo com a Gi... Tu se sente confortável?

- Acho que ja ta na hora, né? Ela me perguntou sobre isso alguns dias atrás, pega as coisas muito rápido. - Ele riu, assentindo. - Acha que ela leva de boa?

- Até demais, se amarra em você. Eu tava sondando ela de uns dias também, pra saber como tava né a cabecinha dela sobre isso. Não sei como seria se fosse alguém que ela não conhecesse, talvez um pouco mais trabalhoso, mais contigo, tranquilo. Eu pego ela na próxima segunda, vou ver ela antes, mas queria falar com calma. - Nos observamos e demos um sorrisinho um pro outro.

Ultimamente estávamos parecendo dois adolescentes, chegava até a me surpreender. Batia o pé firme achando que não ia mais sentir isso.

- Você disse que sexta que vem também vai estar de folga, né?

- Sim senhor.

- Eu também não vou ter jogo, só durante a semana. A gente podia viajar, né? Ali pra Arraial, Cabo Frio, aqui pertinho. Só pra gente dar uma descansada, praia, mar, cervejinha, nós dois. - Beijou minha clavicula, me fazendo arrepiar.

- Pedindo assim, seria maluca de não aceitar, né?

- Seria. - Beijou meu pescoço e eu mordi os lábios, rindo em seguida.

- Eu fecho, tô precisando também. Dá praia, cervejinha e você acompanhando. - Selei nossos lábios e ele aprofundou, me deitando no sofá, deitando no meu peito em seguida, enquanto eu acariciava sua orelha e simplesmente apagamos???

Acordando no meio do dia, tortos no sofá e com a barriga roncando. Fizemos o almoço juntos e sentamos no sofa pra comer. Assim que ele ligou a TV, travou vendo que passava jogo, não faço a minima ideia do campeonato, reconhecendo apenas o Barcelona.

- Pode deixar no jogo, apesar de não entender nada, se tu aguentou duas horas de ballet, nada mais justo que acompanhar contigo o que tu gosta também. Só vai me explicando. - Pois o gatinho largou o controle na hora, sem nem titubear, me fazendo rir, enquanto ele explicava como funcionava os campeonatos europeus, todo animado.

Eu realmente tava entregue pra esse cara.

Eu realmente tava entregue pra esse cara

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CAROLINA | GERSON SANTOS Onde histórias criam vida. Descubra agora