35. outra viagem.

635 84 20
                                    


so você me faz pensar
que estou no paraiso
tão lindo
te amar...

so você me faz pensarque estou no paraisotão lindote amar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Carol. 🩰

- É, filha... As coisas estão ficando sérias. Viagem de casal e tudo. - Lorran soltou, tomando água de coco, enquanto eu ria. - Vão hoje e voltam no domingo?

- Vamos aanhã de manhã e voltamos no domingo. Como vou pra audição das meninas ainda, vamos cedinho pra não pegar estrada de madrugada.

- Brabos. Ainda bem que a fubanga lá não conseguiu afastar vocês, ele chegou todo feliz no treino depois da folga por você ter acreditado nele. É machista chamar ela de fubanga?

- Não, garoto. - Ri. - Mas fiquei feliz também, eu... Gosto muito dele. - Lorran deu um sorrisinho, sabendo o quão difícil era eu falar isso. - E ia ficar meio na merda se fosse verdade, não vou mentir.

- Pô, fico velho com sua calma, se recebo foto de um cara com a minha bebe, ela podia estar com o cabelo grande na foto e ter o cabelo curto há anos que eu ia falar que ela cortou no dia pra disfarçar. - Gargalhei.

- Também fico feliz de você ser o maluco de nós dois. - Ele gargalhou. - Fiquei com medo de estar sendo otaria? Sim. Mas é que fiquei pensando, só tinha duas opções, confiar no cara que eu estou ou não. Enquanto ele, tinha a opção de ser sincero ou mentir. Confiança se constrói e a minha, tá com ele. Caso o querido tivesse me fazendo de besta, desvio de caráter totalmente dele, não teria nem porque eu me culpar por isso.

- Exato, aí o otario seria ele e fé. Mas não é o caso não, GG tá amarradão em você, com ela já não rolava nada há muito tempo. Essa mocreia não vai arrumar nada com meu casal, esquece. - Gargalhei.

- Terminou tua água de coco, meu querido?

- Terminei, estou pronto pra buscar as meninas. - Gargalhei de novo.

- Nada disso, vou te deixar em casa antes. Eu ein.

- Ah mas namorar meu amigo pode?

- Tu vai usar essa desculpa pra tudo agora, né?

- Óbvio. Pô, a Luiza é a coisa mais linda. É a única que eu sou afim, sério mesmo. Se passar o contato dela, não encho mais o saco.

- Puts, foi bem na que não tem chance. Ela é lésbica.

- Ah, brincou? - Neguei. - Passa o da Giulia aí então. - Gargalhei.

- Cara, vamos embora, vai. - Ele riu, indo comigo pagar a conta e me perturbando o caminho inteiro.

Deixei ele na frente do condomínio e fui direto pra entrada da CDD buscar as meninas, que já estavam esperando.

Era bonitinho ver elas nervosas, dava uma nostalgia do caramba da época que era eu e a Bruna no lugar delas.

A audição rolava lá no Theatro Municipal e estava cheia, o que fez elas ficarem um pouco nervosas, mas sabiam que iam tirar de letra, e de fato tiraram, mesmo com o nível alto pra caralho.

É foda ver o quanto, até na arte, que é de graça, a gente que vem de origem pobre está atrás. Era uma covardia do caralho ter que disputar espaço com gente que passava o dia treinando nas melhores escolas, enquanto a gente tinha que se dividir entre ensaiar, estudar e trabalhar.

Finalmente, agora pra ser aceita na seletiva você tinha que comprovar renda, então todos os participantes eram de comunidade ou subúrbio, deixando tudo mais justo.

E era uma delicia ver geral com um nível muito foda de performance. E foi mais foda ainda ver elas passando pra próxima etapa, voltando com o dobro de animação que foram.

Deixei cada uma na sua casa e finalmente fui pra minha, tomando um banho e confesso que, ansiosa pra caralho pelo final de semana.

Gerson viajou no sábado, voltou segunda, viajou na terça à noite e voltou hoje de manhã, então não nos vimos mais desde então. Poucos dias, já ficamos mais tempo sem se ver, mas eu tava cheia de saudade???

Deu uma última olhada na mala pra ver se não tinha esquecido nada e logo a campainha tocou, recebendo um sorriso gostoso assim que atendi.

- Vou ter essa mulher só pra mim durante três dias? Que isso, Deus tem seus favoritos mesmo. - Me fez dar uma voltinha.

- E eu também sou uma delas, venho logo atrás de você. - Ele riu, me puxando e dando um selinho demorado, seguido de um abraço..

- Senti sua falta. - Admitimos ao mesmo tempo e eu me afastei, observando seu rosto e voltando a selar nossos lábios, aprofundando em seguida.

- Já está com as coisas prontas ou quer minha ajuda? - Soltou, enquanto me acompanhava até o quarto.

- Arrumei ontem, tá tudo certo já. - Peguei, mas ele tirou da minha mão delicadamente, colocando no ombro. - E você?

- Vou querer tua ajuda. - Soltou com cara de sonso, me fazendo rir.

Apagamos a casa, tranquei certinho e nós descemos, entrando no carro dele.

- Como foi de viagem?

- Pô, pretinha.... Os resultados foram ótimos, vencemos nos dois jogos, mas tava doido pra voltar pra casa.

- Clima não tá dos melhores, né?

- Dos piores. - Rimos. - Mas esses dez dias vai me fazer bem, geral tava precisando. Três dias de paz com a minha preta, na segunda a Gi vai pra casa e vou conseguir ficar mais com ela também, nunca fui triste.

- Inclusive, a pretinha melhorou?

- Quem? Giovanna?

- A própria.

- Ué, falei com ela ontem, tava fervendo na casa da minha mãe, Gre não me falou nada também. Ela não foi na aula essa semana?

- Não, pediram pra avisar que ela não ia essa semana porque estava doente. Mas não deve ter sido nada sério então, devia estar gripadinha só. - Dei um sorrisinho, acariciando sua nuca.

- É... Quando chegar em casa ligo pra bonita. - Devolveu o sorrisinho, acariciando minha coxa. - E tua semana como foi?

Os dois entenderam o que provavelmente tinha acontecido, mas eu estava torcendo para estarmos errados.

Os dois entenderam o que provavelmente tinha acontecido, mas eu estava torcendo para estarmos errados

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
CAROLINA | GERSON SANTOS Onde histórias criam vida. Descubra agora