53. insegurança.

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Já é tarde vamos nos deitar
Se quiser conversar na nossa cama
Porque sei que tudo isso passa
Você me abraça e a gente se ama

Metia a marra, mas era do conhecimento de todos que ia dividir a sobremesa com ela, porque como repito quase todos os dias, não tinha moral nenhuma quando se tratava dela

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Metia a marra, mas era do conhecimento de todos que ia dividir a sobremesa com ela, porque como repito quase todos os dias, não tinha moral nenhuma quando se tratava dela.

Passei os olhos pelo restaurante, que tinha uma vista foda pro morro da Urca, mas logo vi um cara se aproximar, todo de branco, aparentemente chefe do restaurante.

- Oi, boa noite! Me chamo Leandro, sou o chefe e proprietário do restaurante e eu, junto da minha equipe, que preparamos a refeição de vocês hoje. Vim dar as boas vindas, primeiramente, e saber se está tudo bem, se estão se sentindo confortáveis, se estão sentindo falta de algo... - Soltou, simpático e Carol o olhou, enquanto ele arqueava as sobrancelhas. - Carol??

- Oi!! - Soltou surpresa também, rindo.

- Que isso, garota. Quanto tempo! Nem sabia que tinha voltado.

- Pois é, voltei ano passado. To chocada que o restaurante é seu.

- E eu chocado com a coincidencia. - Riu. - Depois que vocês foram embora, consegui passar na faculdade de gastronomia e desde então, fui pulando de restaurante em restaurante, até conseguir abrir aqui. Tô felizão que deu tudo certo, se não estaria fudido, foi todo meu investimento, ia ter que voltar a vender pão na CDD. - Ela riu.

Peraí, peraí, peraí...

- To feliz por você também. Deixa eu te apresentar, esse é o Gerson, meu namorado. Amor, esse é o Léo.

- Opa, tudo bem? - Tentei ser simpatico, mas talvez tenha colocado um pouquinho de força além do necessário no aperto de mão.

- Tudo ótimo e você? É um prazer receber vocês. Juro, estou muito feliz. - Seguiu simpático e eu quase revirei os olhos. - E o foda é que quase nunca consigo sair pra falar com os clientes, sempre ta bem lotado, ainda bem que hoje o destino ajudou. É a primeira vez que vieram?

- Primeira vez. - Dei um sorrisinho. - E estava muito bom, parabéns. - Tô me esforçando, vamos reconhecer.

- Tava mesmo. Você ta arrasando.

- Pô, que bom que gostaram. - Voltou a olhar pra ela. - E aí tu voltou de vez ou só veio pras festas de final de ano e ainda não voltou?

- Voltei de vez, tô morando aqui há um ano já.

- Maneiro demais... - A observou, ainda com um sorriso no rosto, saindo do transe só quando chamaram ele perto do balcão. - Bom, dever me chama. Novamente, foi um prazer receber vocês, espero que voltem mais vezes. - Olhou pra mim, lembrando que tinha outra pessoa na mesa.

- O prazer foi meu. - Dessa vez não teve sorrisinho, pra ele se mancar que eu estava percebendo ele petrificado na mulher alheia.

- E Carolzinha, bom demais te rever e saber que ta bem e feliz. - Carolzinha... Agora tu vê. - Espero que possamos nos encontrar mais vezes por aí. Manda um beijo pra sua mãe e pro Lorran, mesmo ele não sendo meu maior fã. - Eles riram.

CAROLINA | GERSON SANTOS Onde histórias criam vida. Descubra agora