68. saudade não é solidão

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Que eu tô de um jeito carente, querendo atenção                            
A distância entre a gente aumentou a paixão
Tá difícil ficar sem você, saudade não é solidão

Que eu tô de um jeito carente, querendo atenção                             A distância entre a gente aumentou a paixãoTá difícil ficar sem você, saudade não é solidão

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Dessa vez, cumpri o que prometi e logo no horário da primeira visita, já estava lá.

Cheguei bem em cima da hora, dando os dados dele, os meus e já sendo liberada pra subir, vendo ele no seu mood favorito, camisa de time, bermuda e chinelo, conversando com o médico, o que me fez parar na porta, ao invés de entrar.

Ele me olhou, dando um sorrisinho e o médico parou o que estava falando, olhando também.

- Desculpa, não queria atrapalhar. - Dei um sorrisinho. - Vou... ficar esperando no corredor.

- Não, pode entrar. - O médico falou. - Você é a namorada dele, certo? Que vai leva-lo pra casa? - Nós dois nos olhamos, sabendo exatamente quem era o dono dessa obra, rindo ao mesmo tempo.

- Isso... Isso mesmo. - Segurei o riso, me aproximando, sabendo que se negasse, talvez não o liberassem. O senhor Marcão era terrível. - Carolina, prazer.

- Isso, foi esse nome mesmo que deixaram. Sou o Luis, e o prazer é meu. Eu já passei o boletim pro Marcos de manhã e estava passando as recomendações pro Gerson agora, mas ele teve uma ótima recuperação. Não tem nada que ele fará aqui, que não possa fazer em casa, então não tem motivos pra segura-lo. Nessa semana é muito cuidado com os pontos, seguir a risca a dieta e repouso extremo, retomando a rotina aos poucos. - Piscou.

- Faço tudo e mais um pouco, só ficar em casa já tá ótimo. Nada contra aqui, viu? Mas... - Luiz riu.

- Entendo, aqui é chatíssimo mesmo. Qualquer coisa, tem o meu contato pessoal e vou torcer pra nos vermos só no retorno semanal, daqui alguns dias.

- Sim senhor. Muito obrigado pela força. - Levantou com cuidado, o cumprimentando.

- Não precisa agradecer, fizemos o possível pra te ver bem e com uma recuperação rapida e pouco dolorosa. - Deu um tapinha no seu ombro, sorrindo e olhando pra mim. - Já a senhorita, pode assinar o prontuário, por favor?

- Claro! - Peguei a caneta, assinando, ainda segurando o riso pelo golpe do tio Marcos.

- E aqui estão a lista de medicamentos e recomendações por escrito. - Me entregou os papéis, assim que devolvi a prancheta assinada. - Mas cuidado e amor sei que não vou precisar recomendar. - Piscou.

- É, isso tenho até quando não estou doente. Tenho uma namorada muito carinhosa, sou um homem de sorte. - Gerson brincou com a situação e eu gargalhei.

- Então a recuperação vai ser otima. Ah, quase esqueço. - Abriu a gaveta, retirando um plástico com os objetos do Gerson, me entregando também.

- Muito obrigada. - Sorri, pegando a mochila dele. - Tá pronto, meu amor? - Brinquei também e Gerson segurou o riso.

CAROLINA | GERSON SANTOS Onde histórias criam vida. Descubra agora