63. saudade não é solidão.

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Que eu tô de um jeito carente, querendo atenção
A distância entre a gente aumentou a paixão
Tá difícil ficar sem você, saudade não é solidão

Que eu tô de um jeito carente, querendo atençãoA distância entre a gente aumentou a paixãoTá difícil ficar sem você, saudade não é solidão

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- E vamo fazer o baby hair da pretinha... - Soltei, arrumando os cabelinho da frente dela.

- Tô ficando linda. - Ri.

- Muito, e nem colocou a saia... O tutu ainda. - Corrigi e ela riu, revirando os olhos. - Como está se sentindo? Além de linda, claro.

- Tranquila, sabia? A tia Ca e a prô Bru disse que estamos preparadas e caso alguém erre, é mais do que normal. Então estou tranquila.

- E elas estão mais do que certas. Você vai se sair bem, estarei lá te aplaudindo. - Alisei seu rosto. - Pronto, pretinha. Que isso, muito linda! - Assoviei e ela deu uma voltinha, toda toda.

- Você também tá lindo, papai. Se arrumou todo pra me ver, é? - Perguntou com um tomzinho que eu conhecia bem.

- Claro! Tenho que estar a sua altura, né?

- Uhum... - Me mediu e eu ri, balançando a cabeça negativamente.

Nada passava pela pretinha, craque do jogo em me pegar no pulo.

Eu era vaidoso pra caralho, gostava de andar sempre alinhado, principalmente de uns anos pra cá, mas hoje, de fato me arrumei mais, na esperança de ve-la.

Segui com o que falei pro Lorran, a deixando quieta, na intenção de tentar conversar com ela hoje, e estava torcendo pra dar certo.

Entramos no carro e fomos em direção ao lugar que seria o espetáculo.

Antes mesmo de estacionar,a bonita pediu pra descer, indo até as meninas, que estavam conversando em uma rodinha próxima a porta, tão apressada que esqueceu até a saia.

Estacionei na primeira vaga livre que encontrei, pegando as coisas e descendo, indo até a sala que elas estavam terminando de se arrumar.

Até camarim as bonitas tinham.

Me aproximei da porta, vendo todas animadas, em fila pra Bruna colocar e ajustar o tutu, enquanto Gigi conversa com a Carol.

Só de ve-la, senti um frio fudido na barriga. Ela estava a coisa mais linda. Usava um vestido longo, rosa, destacando seu tom de pele e o cabelo estava solto e bem armado, do jeito que eu amava.

- Como você tá linda, meu amor. Pega o baby hair dela.

- O papai que fez, tia. Você gostou?

- Eu amei, seu papai arrasa.

- Muito!

- Não mentiram. - Soltei e todas me olharam.

- Titio, o final da produção era surpresa! - Julinha disse e eu fechei os olhos, segurando o riso.

CAROLINA | GERSON SANTOS Onde histórias criam vida. Descubra agora