62. coração na mão.

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E o coração na mão com medo de você desaparecer
E me esquecer

Coloquei a mochila nas costas, dando tchau para os moleques que ainda estavam por ali e saí, indo em direção ao estacionamento, vendo o Lorran saindo do alojamento dele, cruzando o olhar comigo

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Coloquei a mochila nas costas, dando tchau para os moleques que ainda estavam por ali e saí, indo em direção ao estacionamento, vendo o Lorran saindo do alojamento dele, cruzando o olhar comigo. Suspirei e me aproximei.

- E aí, minha cria. - Soltei e ele deu um sorrisinho, fazendo um toque comigo.

- E aí, paizão.

- Caroninha?

- Era a palavra que estava esperando ouvir. - Rimos, começando a andar um do lado do outro. Fomos o caminho todo em silêncio, mas assim que entramos no carro, não aguentei.

- É... Como você tá?

- Não to puto contigo, cara. Relaxa aí. - Respirei aliviado e ele riu.

- Tava num cagaço de falar com você.

- Fica de boa. Se tu tivesse feito merda, o cenário seria outro, mas sei que não foi o caso. To puto com a situação, com você, jamais. - Fizemos nosso toque. - Eu que devia te perguntar como você tá. - Suspirei, dando partida.

- Sendo sincero? Na merda. Esse final de semana, se dormi dez horas foi muito, passei jogando CS pra distrair, não to mais na idade de terminar e me enfiar em buraco pra voltar louco e esquecer. Mas devia, porque ta foda. - Ri, sem humor. - Mas a Gi chegou lá em casa ontem e to conseguindo me distrair um pouco mais. - Ele me ouviu atento, assentindo.

- Pô, irmão, que merda, né? Não to conformado ainda.

- Nem eu, irmão. Nem eu. E... Como ela tá, ein? - Era a dúvida que estava me matando.

- Cara... - Suspirou. - Carolina que me perdoe, mas, tão mal quanto você. Ela é durona, né? Não demonstra muito, mas só de passar três dias com ela sem ouvir uma piadinha e implicância, pra mim, já quer dizer muita coisa.

- Você ta lá ou ela ta na tia?

- Ta na minha mãe, mas acho que hoje volta pra casa, nem se anima indo me levar agora.

- Droga. - Rimos.

- Vocês não se falaram desde o que rolou?

- Não. Não por falta de vontade, sabado de madrugada, coloquei um som, fiquei bebendo um whisky, escrevi dez textos e apaguei os dez. Mas to dando espaço pra ela, não quero ser aquele chato que fica em cima também. A gente vai se ver no sabado e... Vamos ver no que dá, tento conversar com ela.

- Ih, é sabado o espetaculo das meninas, né? Comprei ingresso pra ver minhas pretinhas. Mas boa, se não der pra ver ela lá, chama depois, pô, como quem não quer nada.

- To pensando nisso mesmo, pra não parecer que taquei o foda-se pro nosso término e cortei os laços sendo que... É totalmente o contrário.

- Mas sinto que é temporário, irmão. Os anjos estão soprando no meu ouvido. - Gargalhei.

CAROLINA | GERSON SANTOS Onde histórias criam vida. Descubra agora