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3 anos depois...

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"De imediato, César e Luna mostraram sinais de inteligência elevada. Então fiquei com eles e trouxe o trabalho para casa."

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É possível ouvir um barulho de descarga e, então, César abre a porta do banheiro com o pé. Ele já estava com o tamanho de uma criança humana de 5 anos e usava calça. Ele sai do banheiro, pula em cima de um banco, dá uma estrelinha, vai até a cozinha, se pendura no suporte de pendurar panelas e se balança até o armário, abrindo um pote, pegando dois biscoitos e subindo pelo corrimão da escada. Ele sobe em uma escada de rodinhas que se movimenta até o fim da estante, pula e abre a porta do sótão. Ele entra no quarto, se balançando entre as vigas de madeira e as bolas penduradas em correntes. Logo, para na frente da janela redonda, enquanto observa a rua e come um dos biscoitos que havia pegado.

Logo, ele ouve um barulho ao seu lado e se vira a tempo de ver Luna se transformando de chimpanzé para humana. Ele estende o outro biscoito a ela, que o pega e abraça César em forma de agradecimento. Ela fica em pé ao lado dele enquanto os dois observavam a rua pela janela.

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"Aos 18 meses, César sabia sinalizar até 24 palavras. Aos 2 anos, César e Luna completavam quebra-cabeças e maquetes para crianças a partir de 8 anos."

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Luna e César estavam sentados na cozinha enquanto Will ensinava linguagem de sinais para César. Luna também observava, aprendendo tudo. É claro que ela podia falar, mas fazia isso raramente, sempre se comunicando através de gestos e linguagem de sinais, assim como César.

- Casa. - fala Will, fazendo o sinal de casa, enquanto César e Luna o imitam.

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"Aos 3 anos... as habilidades cognitivas de César e Luna eram muito maiores que as humanas."

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- Eles completaram a "Torre de Lucas" com 15 movimentos... o resultado perfeito. - fala Will, enquanto vários vídeos de César e Luna passavam no notebook e no computador.

- A minha hipótese é que... A, o verde dos olhos de César indica que o ALZ-1-12 foi passado geneticamente de mãe para filho. E, de alguma forma, foi parar em Luna também. B, que na ausência de células que precisam ser substituídas... a droga impulsionou radicalmente as funções cerebrais saudáveis. - explica Will para o gravador de voz, enquanto observa um vídeo de César mexendo na câmera. -E eles jogam xadrez muito bem.

- Esse é meu abajur! E o meu quarto! - É possível ouvir os gritos de Charles. Will levanta rápido e vai até o quarto de seu pai, o vendo puxar o abajur das mãos de Irena. -Meu abajur! - grita Charles, e o abajur cai no chão, quebrando. -Meu Deus, não preciso de você. - grita Charles.

- Irena, sinto muito. - pede Will para a mulher.

- Não aguento mais isso. O lugar dele é em um asilo. Ele não pode viver assim. - fala Irena, enquanto sai andando para fora do quarto.

- Não posso viver assim. Não posso viver. - murmura Charles, enquanto senta na cama olhando para a mão cortada. Will observa seu pai e suspira.

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No dia seguinte, Will finge que vai assinar documentos e pega três injeções do ALZ-1-12, escondendo-as no bolso. Chegando em casa, ele coloca as injeções em um pote e as guarda na geladeira da casinha de jardinagem que fica atrás da casa. César e Luna observavam da janela.

Will pega uma das injeções e vai até o quarto de seu pai, que o observa com atenção.

- Você vai melhorar, pai. - fala Will, enquanto aplica a injeção no mais velho. Ele olha para a porta e vê Luna e César agachados o observando. Ele leva o dedo indicador até a boca, fazendo sinal de silêncio. César olha para Luna e repete o sinal para ela, que concorda com a cabeça.

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Na manhã seguinte, Will dormia sentado na cadeira do quarto de seu pai. Ele acorda ouvindo o som de piano, olha para a janela aberta, levanta-se e sai, chamando seu pai.

- Pai? - chama Will, enquanto desce as escadas. Vê o mais velho tocando piano perfeitamente bem enquanto sorria, e Will sorri também.

No quarto de César e Luna, os dois observavam da janela dois meninos andando de bicicleta na rua. A corrente da bicicleta de um dos meninos sai após ele passar por uma rampa de madeira, e logo após o pai dele o chama para tomar café da manhã. Rapidamente, Luna se transforma em chimpanzé e, junto com César, vai se pendurando até a outra janela do quarto, de onde veem os dois meninos deixando as bicicletas e correndo para casa. Eles se olham e vão correndo até a porta do sótão, por onde descem e olham ao redor até Luna ver a janela do quarto de Charles aberta e cutucar César, apontando para a mesma. Eles se olham e depois observam ao redor para ver se havia alguém por perto.

Na sala, Will tira o aparelho de pressão do braço de seu pai enquanto falava freneticamente:

- Preciso anotar tudo o que tiro do laboratório. Mas não vai precisar de mais de uma dose por mês. - fala, pegando uma lanterninha e examinando os olhos de seu pai.

- Uma coisa incrível aconteceu. - fala Charles, abrindo mais os olhos.

- Vou precisar de um exame de sangue, um raio-X e uma dosagem. Tem que ser monitorado com cuidado. Se eu conseguir trazer... - fala Will, freneticamente, enquanto largava a lanterna na mesa e voltava para perto de seu pai.

- Will! - chama Charles, agarrando os ombros de Will.

- Sim? - pergunta Will, tirando o estetoscópio do ouvido.

- Não estou mais doente. - diz Charles, olhando nos olhos do filho, que sorri.

- Não foi nada, pai. - fala Will, feliz.

- César. Luna. Cadê o César e a Luna? Quero vê-los. - pergunta Charles.

wiz khalifa charlie puth - see you again
"Como podemos não falar sobre família. Quando a família é tudo que nós temos?"

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