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Cinco anos depois...

César agora já era um macaco adolescente. Subia a árvore rapidamente, dando cambalhotas. Luna estava em suas costas, em sua forma humana. Ela cruzava as pernas na cintura dele e segurava com os braços em seu pescoço, onde ele usava uma coleira. César parou no topo da árvore, olhando para a paisagem da cidade. Ele usava uma blusa vermelha e uma calça preta. Luna usava um short-saia vermelho que ia até o meio de sua coxa e uma blusa social branca. Ela deu a volta no corpo de César, ficando de frente para ele, com as pernas ainda em sua cintura e os braços em seu pescoço.

- Algum problema? - pergunta Luna, preocupada, olhando para César, que nega com a cabeça.

- Tudo bem - diz Luna, suspirando e dando um selinho em César. - Vamos descer. - fala, pulando da árvore e se transformando na queda, logo se pendurando nos galhos e descendo até o chão, onde se destransforma.

- Ei, parem de fazer isso aqui! É nojento. - fala Luna para Will e Caroline, que se beijavam deitados em uma toalha de piquenique. Logo César pula no chão ao lado de Luna e vai andando até a frente de Will e Caroline.

- Oi. E aí, parceiro? - Will fala com César, ignorando o que Luna disse. César puxa a cabeça de Will e encosta a testa na dele. - Vem, vou te fazer um carinho - fala Will, sorrindo para o chimpanzé.

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- Vamos, querido - fala uma mulher que andava com um pastor alemão na guia, seguida por seu marido e filho. - É um chimpanzé? - pergunta ao ver Will andando com César na coleira. Luna faz cara feia para a mulher enquanto segurava na mão de César, e Caroline só observava, de mãos dadas com Will.

- Oi - Will cumprimenta. Então, o pastor alemão começa a rosnar e a latir para César, fazendo Luna entrar à frente de César em forma de defesa. César para no meio do caminho e observa a mulher puxar a guia do cachorro. Ele leva a mão até o próprio pescoço, tocando em sua própria guia, e depois sai andando. O cachorro continuava latindo até que ele se vira e grita para o cachorro, que sai com medo.

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- Está tudo bem - diz Will, abrindo a mala do carro. Luna entra e se senta no canto, esperando por César. Will tira a coleira de César. - Vai - fala Will, esperando César entrar na mala do carro, mas ele não entra. - Não vai entrar? - pergunta Will, olhando para César. - César? - chama Will novamente. César olha para Will e então abre a porta traseira do carro, entrando. Luna olha para Will e sai da mala, parando na frente dele e dizendo:

- Eu disse para não pôr mais a guia nele! Ele não é um animal de estimação. - fala Luna, brava, e entra no carro, sentando-se ao lado de César, encostando a cabeça no ombro dele. Will fecha a mala e vai andando até a janela do carro, onde dá duas batidas para chamar a atenção de César.

- Tá tudo bem aí, amigo? - pergunta Will para César. César olha para Will e pergunta em linguagem de sinais se ele é um animal de estimação.

- Animal de estimação? Não - fala Will, olhando para o chimpanzé. - Você não é um - diz Will, e César pergunta quem são os pais dele. - Eu sou seu pai - afirma Will e olha para Caroline. - O que foi? - pergunta para César, que parece questioná-lo. - Tudo bem - fala Will, entrando no carro.

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Will para o carro na frente da empresa onde ele trabalha e onde César e Luna nasceram.

- César, é aqui que eu trabalho. Foi aqui que você e a Luna nasceram. Sua mãe ficava aqui com outros chimpanzés, e ninguém sabe quem são os pais da Luna - fala Will, olhando para o prédio da empresa. - Mas a sua mãe não está mais aqui. Por isso levei vocês para morar comigo - fala Will, enquanto Luna e César observavam o prédio da empresa. Até que César se vira para frente e pergunta para Will em libras se a mãe dele havia morrido.

- Sim... sua mãe morreu - fala Will, olhando para o chimpanzé pelo retrovisor. - Ela... tomava um medicamento, igual ao que eu dou para o meu pai - fala, deixando Caroline surpresa. - Ela passou isso para você. Por isso você é tão inteligente. E a Luna também tem ele no corpo.

- Vamos levá-los para casa - fala Caroline, sem olhar para Will.

- Certo! - concorda Will e liga o carro. César olha uma última vez para a empresa e nega com a cabeça. Luna, ao seu lado, beija seu rosto e abraça seu braço.

kailee morgue - siren "Garoto, eu sei o que você tanto deseja... você é um péssimo mentiroso."

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