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O caminhão do controle de animais passava pelas ruas com sua sirene ligada. César, dentro dele, estava preso por algemas. Logo atrás, estava o carro de Will, que parou atrás do caminhão. Um homem saiu do caminhão e foi até a traseira dele, abrindo a porta e revelando César algemado.

- Tire essa coisa dele - disse Will, saindo do carro às pressas e andando até o homem, enquanto gritava com ele.

- Vamos - falou o homem, ignorando Will e colocando um cambão no pescoço de César.

- Ei, seu idiota! Tire suas mãos podres de cima dele! - gritou Luna, furiosa, indo em passos rápidos até o homem, que apenas a ignorou. - Eu falei para tirar as mãos dele! - gritou novamente e avançou sobre o homem, dando um soco na cara dele, que deu alguns passos para trás por causa do impacto. César arregalou os olhos, surpreso; nunca havia visto Luna agir daquela maneira. Quando ela ia avançar novamente, Caroline, que havia saído do carro também, a segurou.

- Acalme-se, Luna. Você tem que se acalmar - falou Caroline, segurando a menina em seus braços, que se contorcia querendo se soltar.

- Olha, eu vou levá-lo para dentro, tá bom? - disse Will ao homem, enquanto tentava tirar o cambão do pescoço de César. Luna olhou para Will, possessa de raiva, mas não disse nada.

- Não, são ordens judiciais. Não pode fazer nada - respondeu o homem, abrindo o portão.

- Tudo bem, pode deixar - disse outro homem, de óculos escuros e com uma caneca verde na mão. - Venha quando estiver pronto - continuou o homem, olhando para Will.

- Tire essa merda dele - falou Luna, encarando o homem que havia socado, com raiva. O homem tirou o cambão, e César segurou a mão de Luna, começando a correr em direção ao carro.

- César, agora não. Vai ficar tudo bem - disse Will, tentando acalmá-lo.

- Vamos ver como é lá dentro, pode ser? - falou Caroline, sorrindo para César.

- Vamos, César, anda - disse Will, esticando a mão para o chimpanzé pegá-la. - Por favor, confie em mim - falou Will, e César segurou sua mão. Então, eles entraram pelo portão.

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Eles adentraram uma sala com vários brinquedos para macacos. César entrou primeiro e parou, olhando para Will e esticando a mão, pedindo a permissão dele.

- Pode ir - disse Will, balançando a cabeça em concordância. César então entrou mais na sala e parou, olhando ao redor. Luna foi andando até ele e parou em sua frente. César a analisava, confuso com sua expressão que demonstrava tristeza e raiva.

- César... me desculpe. Eles vão prender você aqui. Eu não posso fazer nada agora. Mas vou te tirar daqui! - disse Luna, olhando nos olhos verdes de César. Ela o abraçou e, discretamente, colocou um canivete no bolso de César. - Você é inteligente, vai descobrir o que fazer com isso. Não os deixe te tratar como um animal! Seja livre. Sei que vai conseguir. Agora finja que não sabe que vão te deixar aqui - sussurrou Luna no ouvido de César antes de dar nele um selinho rápido e voltar para perto de Will.

- Ele nunca ficou perto de outros chimpanzés - disse Will para o homem de óculos escuros.

- Estamos acostumados com isso. Ele vai ficar um pouco nervoso no começo, mas vamos integrá-lo - disse o homem, olhando para César, que fazia o que Luna disse e fingia não saber de nada, enquanto olhava em volta para os brinquedos.

- Não precisa "integrá-lo". Ele não vai ficar aqui por muito tempo - falou Luna, dando ênfase no "integrá-lo".

- Ficariam surpresos com a facilidade com que se adaptam. Temos um ambiente estimulante. Ele vai prosperar aqui - disse o homem, olhando para Luna.

- Isso é o que veremos - falou Luna, fuzilando o homem com o olhar.

- Vamos assinar os papéis. E tranque a porta antes de entrar - disse o homem, andando pelos corredores.

Depois de saírem da sala, César continuou sua atuação. Ele deu um grito e saiu correndo até um vidro, onde tentava sair, batendo nele.

- César, vai ficar tudo bem. Vai dar tudo certo - disse Will, tentando acalmar o chimpanzé.

- Não tenha medo - disse Caroline, enquanto César batia no vidro.

- Não mintam para ele! Ele não é burro - falou Luna com raiva.

- Luna! Você não está ajudando - disse Caroline, repreendendo a menina.

- O que te fez pensar que eu estava tentando ajudar a prendê-lo aqui? - perguntou Luna com arrogância na voz.

- Vai ficar aqui por enquanto - disse Will, e César começou a se comunicar por libras com ele.

- Na nossa experiência, quanto mais complicado o adeus, mais difícil é - disse o homem de óculos, se aproximando de Will com os papéis em mão.

- Posso assinar isso depois? - perguntou Will, olhando para o homem.

- Vão ter mais saudades dele do que ele de vocês. Dê algumas semanas para ele se acostumar - falou o homem, apontando para César.

- Você não o conhece! Não sabe os sentimentos dele. Não aja como se soubesse - falou Luna com raiva para o homem de óculos.

- Will, temos que ir. Temos que ir agora - disse Caroline, puxando Will pelo braço, deixando somente Luna ali.

- Você vai conseguir! Vai sair daqui e ser livre - disse Luna em libras para César. - Eu te amo, César - disse, colocando a mão no vidro. César colocou a mão do outro lado do vidro, junto com a dela.

- Eu te amo. Vou ir te buscar - disse César em libras.

- Continue fingindo - disse Luna antes de sair andando. E César obedeceu, começando a bater no vidro com desespero.

- Ei, aqui! Posso te tirar daí! - César ouviu uma voz masculina e foi em direção a ela, entrando em um buraco na parede que dava em um duto que levava a uma cela em uma sala cheia de celas.

- Ei, aqui embaixo - chamou um garoto loiro. Quando César pulou na cela, o garoto saiu da mesma e a trancou. O garoto começou a fazer sons de macaco, enquanto ria de César. - Macaco idiota - falou o garoto, saindo andando.

Naquela sala, havia vários macacos em celas, e todos começaram a gritar e a bater em suas celas. E César começou a gritar também.

- Não conseguem gritar mais alto? Isso aqui é um hospício, não sabiam? - gritou o garoto loiro, cujo nome era Dodge Landon.

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gym class heroes - cupid's chokehold "Olhem para a minha namorada. Ela é a única que eu tenho."

Tom Felton como: Dodge Landon

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Tom Felton como: Dodge Landon

PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM Onde histórias criam vida. Descubra agora