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- Hora do jantar - Landon grita, enquanto passa pelas celas onde os chimpanzés estavam com seus braços esticados entre as grades, jogando a ração dos animais.

Ele para na frente de César e olha para o chimpanzé antes de encher um medidor com comida e colocar no pote da cela do chimpanzé.

- Hum, ração de primeira qualidade - fala, olhando para César. - Pode comer - diz, olhando para César, que olha para a ração e depois para o garoto. - Não sabe reconhecer comida? - pergunta Landon, encarando o chimpanzé.

César pega a ração com as mãos, a cheira e logo faz uma careta. O chimpanzé começa a balançar as mãos para se livrar da ração gosmenta, que acaba acertando o rosto de Landon. César começa a rir.

Landon, bravo, olha para Rodney, o rapaz que trabalhava com ele, antes de olhar para César com raiva.

- Acha engraçado? - pergunta o garoto, com raiva na voz. - Vou mostrar uma coisa engraçada - fala Landon, pegando uma mangueira e colocando-a entre as grades da cela de César. Ele liga a mangueira, que solta uma forte rajada de água que acerta César, fazendo o chimpanzé bater com as costas na parede e cair no chão. César começa a gritar e tenta se levantar para se livrar da água. Landon desliga a mangueira, e César se encolhe no canto da cela. - Ele vai aprender quem manda aqui - diz Landon, olhando para César, que ainda estava encolhido, tocando suas roupas molhadas.

- E as roupas dele? - pergunta Rodney.

- O que tem? - pergunta Landon, com uma voz brava.

- Sei lá - fala Rodney, colocando as mãos nos bolsos da calça. - Pode causar problemas com os outros macacos - fala o rapaz, coçando a nuca de forma nervosa.

Landon solta um risinho falso. - Ótimo - fala o loiro, encarando César antes de passar a mão no rosto para retirar a ração gosmenta. Logo os dois garotos saem, e César se deita encolhido no chão coberto de feno.

Um tempo depois, ele acha um pedaço de giz em meio ao feno, o pega e começa a desenhar na parede o formato da janela de seu quarto. Quando termina o desenho, larga o giz e encosta a cabeça no desenho, enquanto se lembrava dos barulhos que ouvia da janela de seu quarto.

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Várias caixas de metal com buracos embaixo eram carregadas dentro dos laboratórios da Gen-Sys.

- Eu contei 10 macacos, correto? - pergunta Robert a uma mulher que carregava uma das caixas com um chimpanzé dentro.

- Correto - afirma a mulher ruiva, enquanto empurrava o carrinho com a caixa de metal em cima.

- Muito bem. Levem-nos para trás - pede Robert, anotando algo em uma prancheta. - Estão indo rápido demais com isso. Por que tanta pressa? - pergunta Robert, olhando para Will.

- É seu primeiro dia de volta e já está reclamando - fala Will, tentando contornar o assunto.

Eles começam a andar pelo laboratório, vendo os chimpanzés em suas "celas", até que Will vê um com o braço esticado para fora da janela onde os alimentos eram colocados. Will vai andando devagar até parar na frente da cela de Koba, que continuava com o braço esticado, o olhando.

- Koba. Oi, ei, sou o Will - fala, dando um pequeno sorriso para o chimpanzé. - Me dá um biscoito - Will pede para Robert, que lhe entrega o biscoito. Will solta o biscoito acima da mão de Koba, que o pega, vai para o fundo da cela, come o biscoito e logo volta esticando o braço para fora da janela novamente.

- Certo. Vai ser este aqui - fala Will para Robert.

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Bring Me To Life - Evanescence "Sem uma alma, meu espírito está dormindo em algum lugar frio..."

PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM Onde histórias criam vida. Descubra agora