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John Landon parecia tentar consertar algo quando um envelope cheio de dinheiro foi jogado em sua mesa. Ele olha para o envelope antes de mudar o olhar para Will, que o encara sério.

John abre o envelope com o dinheiro dentro, olhando para as notas antes de empurrá-lo na mesa.

- Não está tentando me subornar, está? - pergunta John a Will, que não diz nada, apenas encara o mais velho.

- Bem, não posso dizer que aprovo - fala John, encostando-se na cadeira.
- Eles não são pessoas, sabe - completa John.

- Vai liberá-lo ou não? - pergunta Will, sendo direto.

John põe um jornal por cima do envelope de dinheiro.

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Dodge abre a porta da cela de César e entrega a guia para Will, que anda até a entrada da cela.

- César? - chama Will, sorrindo.
- Vamos - chama Will.
- Anda, vamos para casa - fala Will.

César o olha antes de olhar para a parede com os braços cruzados.

- Casa - fala Will.
- Anda, dessa vez vamos mesmo - chama Will, e César pula de sua "cama", ficando de pé e andando até a entrada.
- Vamos sair daqui - diz Will.

César olha para Maurice e depois para a guia na mão de Will, antes de fechar a porta da cela e voltar para a "cama" com as palavras de Luna em sua cabeça.

"Você tem que fugir."
"Tem que ser livre."
"A hora chegou!"

As palavras da garota ecoavam em sua cabeça: "Tem que ser livre."

Ela o amava, mas queria que ele fosse livre.

Will olha para John, que dá de ombros.

- Acho que ele gosta mais de ficar com sua própria espécie - fala o mais velho.

Dodge dá um sorrisinho antes de ir trancar a porta da cela.

Will olha para César, que está de costas para ele, e para Dodge, que sorria divertido. Ele pega a guia da mão de Will e sai andando. Will olha para César novamente antes de ir embora.

César tinha lágrimas nos olhos. Estava magoado; um pouco era por causa de Will, outra parte por Luna. Ele sentia saudades dela. Tinha prometido ir buscá-la e iria tentar cumprir.

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Buck, da sua jaula, começa a fazer barulhos com a boca, e os outros macacos também faziam de suas celas, como se chamassem por César.

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Um biscoito é posto no comedouro da cela de Rocket, chamando sua atenção. Ele se levanta, pega o biscoito, cheira e come. Então, a porta de sua cela é aberta, mostrando César com outro biscoito na mão, que é posto de volta na caixa.

Ele vai andando até outra cela, onde dá duas batidas no comedouro que havia na porta. Rocket pega a caixa de biscoitos da mão de César. Ele tira um biscoito e coloca no comedouro onde César havia batido.

Então, César começa a andar, e Rocket o segue, colocando um biscoito em cada comedouro por onde passavam. Os macacos ficavam agitados, colocando as mãos para fora das celas enquanto César os observava com um pequeno sorriso.

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César estava sentado em uma pedra, coçando o queixo. Observava os outros macacos.

Ali perto, a chimpanzé Cornélia brincava com a água, enquanto o olhava.

Maurice se senta ao lado de César com um graveto na boca, que logo tira.

- Por que dá biscoito para Rocket? - pergunta Maurice em libras.

César pega um graveto para representar um macaco e o parte ao meio.

- Macacos sozinhos... fracos - diz César.

Ele junta as partes quebradas do graveto para representar vários macacos. Ele tenta partir todos juntos e não consegue.

- Macacos juntos, fortes.

Maurice parece entender o que ele queria dizer.

No pequeno lago onde estava Cornélia, os macacos começam a gritar e brigar, parando somente quando ouvem a sirene para voltarem às celas.

- Macacos tolos - diz Maurice antes de sair, deixando César sozinho.

César olha para os galhos quebrados, tendo um déjà vu.

("- Sim! Eu já pensei! Mas não vai acontecer! Nenhum humano iria querer ficar comigo. Sabe... sou uma mutante - fala Luna, dando uma risadinha.

- Humanos burros - diz César em libras, antes de soltar uma risadinha, fazendo com que Luna também soltasse uma risada.")》

César ri ao lembrar da conversa com Luna.

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Phantogram - Black Out Days " Mil vozes estão uivando em minha cabeça."

PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM Onde histórias criam vida. Descubra agora